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Tecnologia tem sido aliada das mulheres na batalha por espaço no surf

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As imagens espetaculares captadas por Moana Jones, Anne dos Santos e Erin Brooks no Pipe Masters redefinem como nossa história é contada.

Algo incrível está acontecendo e não é só sobre ondas e pranchas. É sobre mulheres, finalmente, terem voz e lugar em um espaço que antes parecia impossível. A vitória de Moana Jones no Pipe Masters 2023 não foi só dela, mas de todas nós.

Além da conquista das surfistas em ocupar o pico de Pipeline, outros fatores parecem contribuir para ampliar a participação feminina no surf. A tecnologia, com blogs, redes e a GoPro evidenciam perspectivas que antes eram colocadas à margem ou sequer existiam.

A narrativa esportiva no surf foi moldada por olhares externos, principalmente masculinos. Isso determinou a maneira como as mulheres eram retratadas.

Entretanto, desde 2011, surfistas como Kelia Moniz e Alana Blanchard, as primeiras a serem patrocinadas pela GoPro, começaram a compartilhar com o mundo ângulos e particularidades anteriormente pouco observados.

Recentemente, as imagens espetaculares captadas por Moana Jones, Anne dos Santos e Erin Brooks mostraram a evolução da mulher ocupando espaços e mostrando ângulos quase inimagináveis se pensarmos que até bem pouco tempo as mulheres não eram autorizadas a competir em Pipe.

Marcamos presença em Pipeline e compartilhamos com o mundo nossas falas, visões e ações. Isso muda tudo. Não é só sobre captar imagens, é sobre redefinir quem conta a história.

Ao capturar sua jornada rumo à vitória em Pipeline, Moana Jones demonstra como a tecnologia é uma poderosa ferramenta de autoexpressão e emancipação. Sua GoPro, presa à prancha, não era apenas um acessório, mas uma extensão de sua voz e presença nas ondas de Pipeline.

A tendência não se limita às competições de surf. Profissionais e amadoras ao redor do mundo usam a GoPro para criar vídeos que oferecem uma visão autêntica e intimista do universo das mulheres. Estes vídeos transcendem os simples registros esportivos; eles narram histórias, revelam perspectivas únicas e, mais importante, rompem barreiras.

A mais recente versão, GoPro Black 12 promete ir além: vídeos em 5,3K e a estabilização HyperSmooth 6.0, ideais para os registros de surf. Além disso, o modo de vídeo 4K120 grava em alta resolução e câmera lenta para detalhes de uma manobra ou um tubo, como os feitos por Moana e Anne, compartilhados por elas em suas redes sociais.
Além disso, essas imagens têm um papel crucial na inspiração e motivação de outras mulheres.

À medida que mais mulheres pegam suas pranchas e suas câmeras, testemunha-se uma espécie de revolução, perante a forma como as narrativas esportivas femininas surgem e são celebradas.

Janaina Pedroso
Janaina Pedroso
É mãe, surfista e jornalista, tudo junto e misturado, e em 2016 criou o site Origem Surf. Mora em Ubatuba, pertinho do mar que tanto ama. Foi colunista e blogueira da Folha de S.Paulo por quatro anos, colaborou para a Editora Trip e atua há mais de 20 anos na comunicação de diversas empresas. Como mulher, tem o propósito de ampliar a participação feminina no surf. Como surfista, experimentar o maior número de ondas possível.

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