WSL anuncia novas etapas de 10 mil pontos no QS na Nova Zelândia e Austrália e reduz pontuação de etapas 6 mil para 5 mil pontos
Por Fernando Guimarães
A WSL anunciou nesta segunda-feira uma mudança no Qualifying Series. O circuito terá mais uma etapa de 10 mil pontos para os homens (sete ao todo) e mais duas para as mulheres (quatro ao todo). O conjunto das etapas de 10 mil pontos do QS agora passa a se chamar Challenger Series.
A principal novidade é a etapa da Nova Zelândia, um evento de 10 mil pontos que entra tanto para o calendário feminino quanto para o masculino. O evento será o primeiro grande QS do ano, em março, e acontece em West Coast Beach (foto de capa), uma praia na região de Piha — um dos principais destinos de surf para os moradores da maior cidade do país, Auckland, que fica a 45 minutos de carro dali.
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A segunda adição ao QS feminino será uma etapa em Phillip Island, na região de Melbourne, sul da Austrália. Esta etapa acontecerá no mês de novembro, fechando o Challenger Series para as mulheres.
Todas as demais etapas de 10 mil pontos deste ano continuam, por enquanto, no calendário do ano que vem: Huntingon, Ballito, Ericeira, Pantín, Sunset e Haleiwa.
A etapa do QS na Nova Zelândia não é exatamente uma novidade. A informação vem correndo desde o começo do ano, conforme nós já havíamos divulgado aqui na HC.
Uma questão que continua sem resposta, para nós, é sobre a qualidade das ondas em Piha. A maior parte dos comentários não é exatamente animador: a praia, apesar da beleza natural, é um beachbreak sem picos definidos e com rebentação sinistra. A não ser que locais estejam tentando evitar a chegada de um crowd estrangeiro pela última vez em suas vidas…
Phillip Island, apesar de não ser um destino popular para o surf internacional, conta com as ondulações constantes que entram na Grande Baía do litoral sul da Austrália. Onda não deve faltar. Mas tampouco é um destino dos mais cobiçados.
Discretamente, no mesmo memorando, a WSL também informou que as etapas de 6 mil pontos passarão a valer 5 mil pontos em 2020. Assim, aumenta-se a importância do recém-idealizado Challenger Series.
Está claro que a WSL tenta valorizar mais o circuito de qualificação, tanto financeira e midiaticamente quanto na intenção de atrair mais surfistas de qualidade e de aumentar suas oportunidades de classificação ao CT.
Nas entrelinhas, a entrada de duas etapas na região da Oceania tende a fortalecer os surfistas de lá. Por outro lado, as principais etapas do circuito seguem carentes de ondas constantes de qualidade internacional. A melhor notícia de todas seria o anúncio de uma etapa de 10 mil pontos na Indonésia — poderia ser a de Krui, a de Nias, ou até mesmo a Rip Curl Padang Cup, que nem sequer faz parte do QS — ou no Chile — o evento de Arica sempre rola com ondas pesadas.
Mas o aumento no número de etapas com pontuação máxima já é uma novidade muito bem-vinda.
Challenger Series – QS 2020
Piha Pro, Noza Zelândia – março (masculino e feminino)
Ballito, África do Sul – julho (masculino)
Huntington Beach, EUA – agosto (masculino e feminino)
Pantin, Espanha – setembro (masculino e feminino)
Ericeira, Portugal – setembro (masculino)
Phillip Island, Austrália – novembro (feminino)
Haleiwa, Havaí – novembro (masculino)
Sunset, Havaí – dezembro (masculino)