Reportagem publicada no portal JC de Pernambuco trouxe novas informações sobre o caso do surfista atacado por um tubarão em Olinda, no dia 20 de fevereiro.
O surfista André Sthwart Luiz Gomes da Silva, de 32 anos, permanece internado no Hospital da Restauração (HR), na área central do Recife, com estado de saúde estável. Ele foi mordido na perna esquerda e passou por uma cirurgia.
André surfava há quase cinco anos na Praia dos Milagres, que é proibida para a prática de esportes do tipo desde 1999. A restrição se estende por 36 quilômetros entre a Praia do Bairro Novo (Olinda, ao norte) até os Arrecifes do Paiva (Cabo de Santo Agostinho, ao sul), por força de decreto estadual.
Foram apurados uma série retrocessos nas políticas públicas de prevenção a ataques de tubarão no estado, além da falta de monitoramento, parado há quase uma década. Segundo o JC, as praias da Região Metropolitana do Recife também carecem de fiscalização e orientação – diante, muitas vezes, de pessoas que se arriscam em zonas de perigo.
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A reportagem conversou com surfistas que praticam o esporte mesmo em áreas proibidas. Eles afirmavam, em geral, que entendem o risco que corriam, mas que não concordam com a restrição em certas áreas, porque “tudo é mar”.
O engenheiro de Pesca e pesquisador da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Jonas Rodrigues, explicou que a escolha não é feita de forma aleatória, mas com base na geologia do ambiente.
O surfista André foi a quinta pessoa mordida pelo animal em um ano e meio na costa pernambucana. Dois incidentes aconteceram no Arquipélago de Fernando de Noronha – um deles causou a amputação da perna de uma menina de 8 anos.
Os outros dois ocorreram na altura da Igrejinha de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes. Uma das vítimas sobreviveu, mas Marcelo Costa Santos, 51 anos, morreu no local.
Os dois casos na Igrejinha se somaram às estatísticas que fazem da região o local com mais incidentes no Estado – 13 dos 65 em Pernambuco incidentes entre 1992 e 2018, segundo o Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões (Cemit).
Segundo a reportagem, há também pouco investimento na investigação das espécies que provocaram os ataques, porém, especialistas afirma que no caso do surfista atacado por um tubarão em Olinda, foi causado pela espécie “cabeça-chata”, uma das mais comuns em Pernambuco, junto ao “tigre” – ambos “predadores natos”.
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