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Teste seus conhecimentos com fatos sobre a história do surf

A história do surf está repleta de acontecimentos épicos. Contudo, nem todas as histórias contadas e repetidas hoje em dia refletem os fatos tal qual eles realmente aconteceram.

Pensando nisso, resolvemos fazer uma brincadeira com nossos leitores com cinco fatos sobre a história do surf bastante conhecidos. Alguns certos, outros errados!

Duke Kahanamoku foi a primeira pessoa a surfar na Austrália

História do Surf
Duke Kahanamoku causou um verdadeiro alvoroço durante sua passagem pela Austrália. Foto: Reprodução

Em 1915 após ter conquistado a medalha olímpica de natação, o Duke Kahanamoku visitou a Austrália para realizar uma série de exibições a nado.

Contudo, o havaiano tinha outros planos e escolheu uma australiana, a nadadora Isabel Letham, na época com 15 anos de idade, para fazer a seu lado exibições de surf.

Duke shapeou uma prancha especialmente para Isabel, e a ensinou a surfar na frente de multidões, ao longo das praias por onde passou, fazendo com que o esporte se tornar-se popular por lá.

Para o senso comum, Duke foi a primeira pessoa a surfar na Austrália. Porém, nos últimos anos, graças à descoberta de uma série de fotografias anteriormente desconhecidas no museu nacional de surf australiano, há evidências que provam que um marinheiro mercante chamado Tommy Walker já havia surfando ondas na área de Manly pelo menos seis verões antes de Letham e Duke.

Evidentemente, até a chegada de Duke em solo australiano, somente quem frequentava as praias de Manly teve algum contato com o surf e o esporte, de fato, só se tornou conhecido na Austrália após as exibições do medalhista olímpico e sua pupila.

Contudo, as evidências trazidas pelas fotos museu nacional de surf australiano em Torquay provam que é errado afirmar que Duke Kahanamoku foi a primeira pessoa a surfar na Austrália!

Resposta: Errado!

Os missionários proibiram o surf no Havaí

História do surf
Ilustração retrata o trabalho missionário no Havaí no século 19. Foto: Reprodução

O Havaí foi palco de uma série de transformações sociais e políticas após a chegada dos primeiros exploradores europeus.

Uma das mais comentadas, pelo menos pelos surfistas, foi a “proibição do surf” imposta pelos missionários religiosos que chegaram ao Havaí no início do século 19 com a função de evangelizar nos nativos.

O surf, por ter uma relação forte com a cultura havaiana, incluindo aspectos religiosos, como a ligação ao deus Lono, era visto pelos missionários como uma atividade pagã que deveria ser proibida, pois era incompatível com a evangelização dos nativos.

Contudo, ainda que desprezado pelos missionários, o surf jamais foi proibido no Havaí. Acontece que muitos nativos simplesmente deixaram de surfar para se adequar aos novos costumes impostos na ilha, que viam nos antigos costumes locais, um sinal de retrocesso aos “novos tempos” que chegavam às ilhas.

Resposta: Errado!

O primeiro campeão mundial masculino da América do Sul foi um peruano

História do surf
Felipe Pomar nos anos 1960. Foto: Reprodução

Em 1965 o peruano Felipe Pomar foi o primeiro campeão mundial de surf reconhecido pela ISF (International Surfing Federation) uma das primeiras associações mundiais voltadas ao surf, anterior à International Professional Surfing (IPS), criada em 1976, que mais tarde se tornaria ASP e, atualmente, WSL.

O título mundial de Pomar foi conquistado com uma vitória em casa, no campeonato mundial de surf realizado em Lima, capital peruana.

Resposta: Certo!

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Somente os reis podiam surfar no Havaí antigo

historia do surf
Primeira ilustrações sobre a prática do surf no Havaí retratam um esporte muito difundido entre os nativos. Foto: Reprodução

Este é um dos maiores equívocos ditos sobre o Havaí antigo quando se conta a história do surf! Na verdade, o surf era profundamente ligado à cultura havaiana ancestral e todos surfavam. De idosos a crianças, de reis a plebeus.

Os reis, contudo, tinham certos privilégios, como um modelo de prancha real chamada “Olo”, a qual nenhum plebeu poderia usar. Em algumas ocasiões, as praias havaianas eram “fechadas” para exibições reais nas ondas, a qual cabia aos plebeus apenas assistir.

Muito da confusão sobre esse fato se deve a um artigo escrito por Jack London chamado “Royal Sport” (Esporte Real), em 1906, onde o escritor norte-americano, em viajem ao Havaí e encantando com a prática do surf em Waikiki enaltecia aquele que para ele era o mais nobre de todos os esportes do mundo.

Resposta: Errado!

Tom Curren se recusou a competir na África do Sul nos anos 1980

Historia do surf
Tom Curren nos anos 1980. Foto: Reprodução

O apartheid foi um regime de segregação racial implementado na África do Sul em 1948 que vigorou até os anos 1990.

Durante o apartheid, a segregação racial fomentada pelo governo também atingia os lineups do país. Surfistas negros eram expulsos das praias de ondas boas, consideradas “só para brancos” em um dos momentos mais tristes da história do surf.

A situação não se limitava aos sul-africanos: Eddie Aikau, em 1972, foi impedido de competir o Gunston 500, depois de ser barrado das praias e dos hotéis de Durban. Como forma de protesto contra o racismo, Martin Potter, Tom Carroll e Tom Curren recusaram-se a participar do mundial na África do Sul em 1985.

Curren, só retornaria à África do Sul após o fim do regime.

Resposta: Certo!

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