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Primavera antecipada: Dois dias de glória na Joaca

*Por Guido Schvartzman

Poucos dias antes do início oficial da primavera, uma potente ondulação de leste – típica da estação – atingiu o litoral catarinense, proporcionando ondas grandes e consistentes.

Durante dois dias (18 e 19), diversas praias apresentaram condições favoráveis para quem gosta do surfe de ondas grandes. Destinos clássicos como Cardoso, no Farol de Santa Marta, e Vila, em Imbituta, quebram com um tamanho consistente, mas foi a praia da Joaquina, em Floripa, que roubou a cena.

Com ondas que variaram entre 10 a 12 pés, a Joaca recebeu a ondulação com perfeição e potência durante os maiores dias, tamanho que por vezes fez até espumar o lendário parcel que fica mais ao outside da praia.

Liderados pelo profissional Raphael Becker, um grupo de surfistas contou com o apoio de um jetski pilotado pelo experiente piloto Augusto Cabrera para passar a arrebentação mas pegar as ondas no braço, o que aumentou a produtividade e melhorou a perfomance de quem estava no mar.

Surf Joaquina primavera
Yago Dora. Foto: Rodrigo Amorim

Na água, um alto nível de surfe que, além do Becker, contou com Yago Dora, Gui Ferreira, Márcio Farney, Vini dos Santos, Jeff “Toco” Duarte, Caetano Silveira entre outros profissionais. Contudo, os locais da Joaquina também marcaram presença e fizeram bonito com Rafael Malta, Gui Amorim, Leonardo Amaral “Bolinho” e Sérgio Ávila “Pedra”.

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A gente colocou em prática um plano que fazia tempo que todos sonhavam, ter a ajuda de um piloto profissional para passar a rebentação e ser resgatado, fazendo com que fosse possível surfar as ondas até o final sem se preocupar com a arrebentação”, comentou Becker.

Com esse apoio na segurança, o que se viu foi um show de surfe de ondas grandes com vários surfistas arriscando drops no limite, manobras e tubos em condições realmente pesadas e perfeitas.

Madinho. Foto: Rodrigo Amorim

No primeiro dia de ondulação, no domingo 18, as ondas estavam mais cheias e volumosas exigindo pranchas maiores. Junções pesadas e sessões que fechavam inteiras desafiaram até os mais experientes. Nesse dia, muitos usaram pranchas acima dos 7 pés para facilitar a entrada e remada nas ondas. Alguns optaram por gunzeiras ainda maiores, como 8 e 9 pés.

O segundo dia, segunda (19), foi aquele que pode ser considerado clássico, ou o Good to Epic, como dizem lá fora. A manhã toda foi de ondas lisas e tubulares, drops verticais e sessões que alternavam momentos de manobras progressivas e manobras clássicas, como cutbacks e rasgadas.

Quem passou pela Joaca nesses dois dias pôde testemunhar porque o pico é um dos melhores do Brasil, segurando ondulações consistentes em condições realmente boas para o surfe de ondas grandes e alta performance.

Se a primavera trouxer outras ondulações como essa, a temporada promete muita alegria aos big riders catarinenses. O swell que passou já é considerado o melhor do ano na Joaquina, e tomara que não seja a único.

Galeria de imagens por Rodrigo Amorim

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