As brasileiras Silvana Lima e Summer Macedo passaram para as oitavas de final do MEO Vissla Pro Ericeira em Portugal. Silvana vai enfrentar a australiana Keely Andrew na primeira bateria e Summer entra na segunda com a francesa Pauline Ado. Se vencerem, formarão um duelo verde-amarelo na abertura das quartas de final.
Na categoria masculina, Alejo Muniz aumentou para oito a maioria brasileira entre os 24 surfistas que vão disputar classificação para as oitavas de final nesta segunda etapa do WSL Challenger Series 2021. A batalha começa às 8h00 da quinta-feira em Portugal, 4h00 da madrugada no Brasil, ao vivo pelo WorldSurfLeague.com.
A quarta-feira começou pelas duas baterias restantes da segunda fase masculina. Apesar das ondas mais baixas, a formação estava bem melhor no point break de direitas de Ribeira D´Ilhas e as meninas deram um verdadeiro show, conseguindo onze notas no critério excelente do julgamento, de 8 para cima. A primeira foi o 8,50 que Silvana Lima ganhou na onda que surfou nos minutos finais da sua bateria.
A cearense estava em último lugar e saltou para a segunda posição, com as batidas e rasgadas muito fortes que conseguiu fazer com seu frontside nessa onda. Com o 8,50, totalizou 13,73 pontos, superando os 12,80 da australiana Molly Picklum e os 11,67 de Leilani McGonagle, da Costa Rica. Só não tirou a liderança de Summer Macedo, que também mostrou a força do seu frontside em duas ondas seguidas, que valeram 7,00 e 7,57.
As duas brasileiras poderão voltar a competir juntas em Portugal. Isso se Silvana Lima passar pela australiana Keely Andrew e Summer Macedo pela francesa Pauline Ado, nas duas primeiras baterias das oitavas de final. Caso derrotem suas adversárias, reeditarão nas quartas de final do MEO Vissla Pro Ericeira, a decisão do título do QS 1000 Corona Montañita Open, que disputaram em junho no Equador, vencida pela cearense.
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Depois da dobradinha brasileira, as meninas continuaram dando um verdadeiro espetáculo a cada bateria nas ondas da quarta-feira em Ribeira D´Ilhas. Na terceira bateria, a americana Alyssa Spencer arrancou um 9,33 dos juízes, para vencer por 16,83 pontos e entrar no grupo das seis surfistas que o WSL Challenger Series vai classificar para a elite das top-17 do World Surf League Championship Tour 2022. Ela bateu até a líder do ranking, Gabriela Bryan, que passou em segundo lugar, somando 8,17 no placar de 15,87 pontos.
Na quarta bateria, o show foi da portuguesa Yolanda Hopkins, que valeu 8,33, para vencer por 15,86 pontos. Na quinta, três surfistas surfaram ondas no critério excelente. A costa-ricense Brisa Hennessy computou 8,43 e 8,27 na vitória por 16,70 pontos, a espanhola Ariane Ochoa passou em segundo com 15,63 pontos das notas 8,30 e 7,33 e a portuguesa Carolina Mendes acabou eliminada em terceiro lugar, mesmo conseguindo um 8,33 na sua melhor onda.
O espetáculo continuou com a australiana India Robinson ganhando uma nota 9,00 no confronto seguinte e na oitava e última bateria do dia, tiveram mais duas ondas surfadas de forma excelente na avaliação dos juízes. Nessa, o show foi de duas jovens promessas do Havaí. Luana Coelho Silva atingiu o segundo maior placar do dia, 16,80 pontos, com notas 8,87 e 7,93. E Bettylou Sakura Johnson passou em segundo com 15,83, somando 8,33 e 7,50. A peruana Sol Aguirre estava nessa bateria e não conseguiu acompanhar o forte ritmo das havaianas, ficando em quarto lugar e em 25.o no Pro Ericeira.
Os homens também brilharam nas duas baterias que abriram a quarta-feira em Portugal. Na primeira do dia, o surfista de Barbados, Joshua Burke, somou 8,73 com 7,27 no segundo maior placar das duas etapas do WSL Challenger Series 2021, 16,00 pontos. Na briga pela segunda vaga para a terceira fase, o australiano Callum Robson acabou superando por pouco o brasileiro Michael Rodrigues, 12,33 a 12,10 pontos. Outro australiano, Sheldon Simkus, ficou em último com 9,37.
No segundo confronto do dia, o havaiano Imaikalani Devault aumentou o seu próprio recorde no MEO Vissla Pro Ericeira e do ano no WSL Challenger Series, de 16,17 para 16,50 pontos, com notas 8,50 e 8,00. Dois brasileiros disputaram a última vaga para a terceira fase e o catarinense Alejo Muniz ficou com ela, somando notas 7,50 e 6,50. Com os 14,00 pontos, superou os 12,46 do norte-americano Michael Dunphy e os 11,40 do paulista Jessé Mendes.
Com a classificação, Alejo Muniz aumentou para oito a maioria brasileira, entre os 24 surfistas que disputarão vagas para as oitavas de final do MEO Vissla Pro Ericeira. Só que Deivid Silva não vai mais competir, pois anunciou em suas redes sociais, que teve que voltar ao Brasil por motivo de saúde em sua família. Mesmo assim, a maioria permanece com 7 surfistas, contra 6 da Austrália, 3 dos Estados Unidos, 2 do Havaí, 1 do Peru, 1 da França, 1 do Japão, 1 da Costa Rica e 1 de Barbados.
Sem Deivid Silva na primeira bateria, a participação do Brasil na terceira fase começa na segunda, com João Chianca e o peruano Lucca Mesinas enfrentando o norte-americano líder do ranking, Jake Marshall. Na quarta, tem Brasil em dose dupla, com Thiago Camarão e Mateus Herdy, contra Carlos Munoz, da Costa Rica. Na sexta, serão Samuel Pupo e Ian Gouveia com o australiano Jackson Baker. Depois, tem Alejo Muniz na sétima bateria e Caio Ibelli na oitava.
Vagas para o CT 2022
O WSL Challenger Series vai completar a elite que disputará os títulos mundiais no World Surf League Championship Tour 2022, classificando 12 surfistas para a categoria masculina e seis para a feminina. Serão quatro etapas e os rankings irão computar três resultados, com um deles podendo ser a maior pontuação obtida nas etapas do WSL Qualifying Series 2020 disputadas até o mês de março, antes do Circuito Mundial ser cancelado por causa da pandemia do Covid-19.
O US Open of Surfing apresentado pela Shiseido abriu a batalha pelas vagas para o CT semana passada na Califórnia. Agora, tem o MEO Vissla Pro Ericeira, que vai até domingo em Ribeira D´Ilhas, Portugal, depois o Quiksilver Pro France de 16 a 24 também de outubro em Hossegor, França, com o Haleiwa Challenger fechando o WSL Challenger Series 2021 de 26 de novembro a 7 de dezembro em Haleiwa Beach, no Havaí.
* Texto João Carvalho