Maya Gabeira talvez tenha alcançado auge de sua carreira no Big Surf – pelo menos em termos de ousadia.
Após bater o (própria) recorde mundial de maior onda surfada por uma mulher, a big rider declarou em entrevista à Folha de São Paulo que não pretende encarar ondas tão assustadoras de novo.
“Eu não quero um terceiro recorde mundial. Não tenho a mínima intenção de surfar uma onda de 75 pés. Vou começar a rezar para (Nossa Senhora de Nazaré) não me dar uma onda daquelas de novo”, disse Maya ao jornal.
Posteriormente, na mesma entrevista, a big rider disse que apesar de não ter passado nenhum sufoco na onda do recorde, não quer mais se expor tanto.
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Ainda que soe contraditório ouvir isso de alguém que está acostumado a romper os limites, a declaração de Maya não é um fato extraordinário.
Mesmo com a evolução dos equipamentos de segurança, os riscos envolvidos no surfe de ondas grandes são realmente muito altos e a preparação é extenuante.
As lesões também são uma constante e podem acontecer a qualquer momento, até mesmo entre os mais talentosos, como é o caso de Billy Kemper.
Vencedor do Red Bull Big Wave Awards 2020, pela “Onda do Ano”, surfada e Jaws, o havaiano está em reabilitação desde fevereiro após fraturar a pélvis durante um wipe out violento em um mar pesado no Marrocos.
Portando, a declaração de Maya é totalmente compreensível, e tampouco significa que ela irá abandonar o Big Surf. Mas, apenas, tirar o pé do acelerador.
Contudo, para quem conhece a personalidade ousada da brasileira, fica a impressão de que vai ser difícil segurar seu ímpeto quando o próximo swell gigante despontar nos mapas de previsão.
Para ler a entrevista na Folha clique AQUI.
Foto da capa: Sean Scott / WSL.