Pesquisadores analisaram imagens de satélite ao longo de 20 anos para levantar principais causas do avanço das algas
Por Redação HC
Um recente estudo divulgado por cientistas ligados a NASA, mostrou que algas da espécie Noctiluca scintillans, conhecidas como “lágrimas azuis”, estão se proliferando de maneira excessiva ao redor do mundo. Essa espécie é extremamente tóxica a vida marinha, pois produz substâncias nocivas a outros seres-vivos.
Essas algas conseguem drenar o oxigênio ao seu redor, matando outras espécies nesse processo. “A Noctiluca scintillans em si não é tóxica (isto é, não produz toxinas). No entanto, em altas concentrações, elas podem bloquear a luz solar, consumir oxigênio ou liberar amônia, criando um ambiente hostil aos animais marinhos”, disse o coautor do estudo, Chuanmin Hu.
Forma utilizadas imagens de dois satélites da Nasa e da Estação Espacial Internacional entre 2000 a 2017 para embasarem seus estudos. O epicentro do estudo foi o mar do leste da China, local de maior concentração das algas. Analisando as imagens, os pesquisadores afirmaram que é possível enxergar apenas grandes concentrações dessas algas com as imagens e que porções menores podem estar espalhadas ao redor do globo.
As principais causas que os cientistas acreditam ter desenfreado a reprodução das algas são o escoamento de nutrientes de fazendas para o mar, ocasionando em um acúmulo de nutrientes na água, consequentemente desregulando o ecossistema, além da temperatura acima do normal nos oceanos e maior disponibilidade de luz.
Não foi confirmado se esse quadro continuará a se espalhar com a mesma velocidade, somente que a dispersão dessa espécie pode criar ambientes hostis a vida marinha.
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