Além de muito saboroso e perfeito para ser saboreado gelado, o açaí é de fato um excelente complemento alimentar, mas é correto afirmar que ele vale por uma refeição?
A fruta vem do açaizeiro – nome dado à palmeira que produz o açaí -, é uma árvore nativa da Amazônia, encontrada em diversos estados brasileiros e também em outros países, como a Venezuela e o Equador.
No entanto, é o Pará que abriga a maior parte da reserva natural do fruto, respondendo por 95% de sua produção nacional.
O açaí é rico em antioxidantes, graças à presença de substâncias como carotenóides, antocianinas, compostos fenólicos, beta caroteno e licopeno, que ajudam a combater os radicais livres – responsáveis pelos processos degenerativos do organismo, entre eles, o envelhecimento.
A polpa do açaí contém cálcio, ferro, fósforo, fibras, potássio, proteínas, vitaminas B1, B2, C e gordura vegetal semelhante ao óleo de oliva.
Certamente um alimento rico em nutrientes, mas é correto dizer que o açaí vale por uma refeição?
Açaí vale por uma refeição?
Uma pesquisa recente realizada pela Universidade Federal do Pará revelou que uma tigela de açaí supre o total diário de fibras necessárias a um adulto, ajudando inclusive na regularização das funções intestinais.
No entanto, o critério para uma possível substituição da refeição requer muito cuidado. É o que informa a nutricionista Adriana Bassoul, do Sítio do Moinho:
“Uma refeição deve ser composta por alimentos que proporcionem equilíbrio. O açaí é calórico e nutritivo, mas é importante lembrar que cada indivíduo tem necessidades nutricionais diferentes e que devem ser respeitadas”, esclarece.
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Outro fator determinante na escolha do produto é o conteúdo: “É importante prestar atenção nos ingredientes dos açaís comercializados. Muitas vezes são misturados com outros ingredientes, e isso faz com que suas características originais fiquem diluídas ou diferenciadas”, alerta Adriana.
De fato, os nutrientes presentes no açaí são muitos, portanto, é necessária prudência com as receitas que acrescentam xaropes e outras substâncias.
Ou seja, na busca de incorporar mais aromas e sabor ao açaí, acrescenta-se um turbilhão de calorias vazias que não terão outra função no organismo a não ser engordar.
Esse, portanto, é o motivo pelo qual os especialistas recomendam o consumo da polpa pura, de preferência orgânica, acompanhada de alguma fruta.
Açaí orgânico
“O açaí orgânico apresenta grandes diferenças antes mesmo da colheita. Tudo começa a partir da aplicação de técnicas de manejo agroflorestal em áreas certificadas, passando por cuidados importantes durante a colheita, as chamadas Boas Práticas de Campo, seguindo para o acondicionamento adequado no transporte até a indústria. Cada etapa requer acompanhamentos e registros”, explica Leonilda Fagundes, diretora da Bio EcoBrazil, empresa que acumula experiência de quase dez anos na cadeia produtiva do açaí no estado do Pará.
“Todos esses procedimentos”, ressalta Leonilda, “asseguram que o açaí a ser consumido esteja integro não só em relação à segurança alimentar, mas também no tocante à responsabilidade humana que envolve o grupo de produtores extrativistas e o consumidor final”, conclui.
Fontes de pesquisa: ABIAC – Associação Brasileira da indústria de Açai e Revista Orgânicos & Cia