25.7 C
Suva
sexta-feira, 22 novembro, 2024
25.7 C
Suva
sexta-feira, 22 novembro, 2024

Surfista completa 4.103 km de travessia da Califórnia ao Havaí com apenas uma asa

Agora é oficial. No mesmo dia em que um dos maiores swells de sul atingiu o Havaí em anos, o surfista e waterman aventureiro Chris Bertish completou uma travessia de Santa Cruz, na Califórnia, até o Havaí. Trata-se do “Trans-Pacific Wing”, por meio do qual ele usou uma embarcação customizada com uma asa portátil – ou wing foil – em uma jornada de 48 dias, na qual ele passava 12 horas por dia segurando a asa da embarcação para capturar a energia eólica necessária para se impulsionar pelo Pacífico.

Confira: 
+ Ressaca no Havaí: Kai Lenny surfa onda raríssima
+ Agora o Brasil tem um circuito de ondas grandes
+ Tubos perigosos em Puerto Escondido

Uma asa é um dispositivo portátil que fica entre uma pipa e uma configuração de windsurf. Quanto maior o vento, menor a asa necessária. A embarcação de Bertish, um wing foil que ele apelidou de Flying Impifish, foi a mesma que ele também usou para remar pelo Atlântico. A Impifish tem 14 pés e é equipada com uma cabine e um pequeno espaço para dormir, onde Bertish podia descansar durante a jornada.

Confira abaixo os detalhes sobre a embarcação utilizada pelo waterman:

Esta foi a segunda tentativa de Bertish nessa travessia. Na primeira vez, ele foi interrompido no após o Impifish sofrer um defeito eletrônico, e ele teve de sair em Morro Bay após o lançamento de Half Moon Bay, na Califórnia.

A viagem do Pacífico da Califórnia ao Havaí sozinho é perigosa. Muitos tentaram andar de caiaque e vários foram rejeitados (incluindo um que quase morreu em 2018 depois de ser encontrado sem resposta perto de Pebble Beach). Curiosamente, o francês Cyril Derreumaux está no meio da mesma jornada agora.

Ed Gillett, que deixou a baía de Monterey em junho de 1987 e chegou a Maui 63 dias depois, comendo pasta de dente para se alimentar depois que seus parentes temeram que ele tivesse se perdido no mar, é o único remador que completou a tarefa.

É uma travessia perigosa do tipo escalar o Everest, com correntes retorcidas, dias sozinho no mar, vida selvagem e todos os perigos que vêm com viagens em mar aberto.

Assista abaixo a Bertish cruzando a linha de chegada:

 

View this post on Instagram

 

A post shared by Chris Bertish (@chrisbertish)

Aliás, Bertish acaba de terminar sua segunda expedição gigantesca. E como em sua primeira jornada pelo Atlântico, foi feita por caridade, desta vez pela conscientização do oceano.

As receitas da viagem irão para Sea Shepard, 1% For the Planet e Conservation International.

À certa altura da expedição, Bertish postou uma mensagem emocionada em sua página do Instagram, chocado com a quantidade de lixo no mar que encontrou durante a viagem: “Eu só queria que as pessoas vissem como é ruim aqui fora”.

Chegando no Havaí, Bertish encontrou os amigos Jamie Mitchell e Barton Lynch, que o acompanharam no Hawaii Yacht Club.

“Não quero depender de outra pessoa quando há tantos outros elementos que podem dar errado e que estão fora do meu controle”, disse ele. “Com todas as coisas que fiz no passado, a única pessoa que nunca me decepcionou sou eu mesma. Se eu pegar todo o conhecimento que tenho – o surf, a vela, o clima pesado, todas as coisas do oceano que aprendi – e se eu tiver redundâncias e backups e backups integrados para cada um dos meus principais sistemas, não há razão para o projeto falhar… a menos que eu desista, e nunca desisti de nada em toda a minha vida. Eu nunca me decepcionei,” disse Bertish em entrevista ao site The Inertia, antes de se jogar nessa aventura da Califórnia ao Havaí.

Receba nossas Notícias no seu Email

Últimas Notícias