Salina Cruz, região onde estão localizadas algumas das melhores ondas do México, está ameaçada por conta da construção de um porto.
O alerta foi lançado pela ONG Save The Waves, que há três anos monitora o “Plano de Desenvolvimento do Istmo de Tehuantepec”, anunciado pelo governo mexicano, que inclui o desenvolvimento de um novo porto industrial na região de Salina Cruz.
Embora o presidente do México tenha explicado em várias ocasiões que este projeto respeita a história das comunidades e o meio ambiente, a Save The Waves aponta para o fato da necessidade de dragagem para a entrada de navios na baía onde estão localizadas a praia do Brasil, a praia Azul, a lagoa Salinas del Marqués e a zona de surf conhecida como Punta Conejo.
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Por mais que estudos de impacto ambiental sejam realizados, é inegável que operações de dragagem provocam impacto direto em zonas costeiras, trazendo risco iminente ao equilíbrio da flora e fauna da área, além de alterar substancialmente a dinâmicas das ondas.
A ONG reconhece a importância de uma nova área portuária para a economia do México, mas pede ao governo mexicano que explore outras alternativas que causem menos danos ao ecossistema e à comunidade local de Salina Cruz, totalmente dependente do turismo e da pesca.
Vale reforçar, ainda, que a região é o habitat de espécies ameaçadas de extinção, como a tartaruga-de-couro e a tartaruga-oliva, e a principal fonte econômica para os pescadores locais (pesca de camarão com técnicas tradicionais e extração de sal). Com a construção do novo porto, esta zona úmida seria destruída.
Da mesma forma, Punta Conejo é uma área de surf reconhecida internacionalmente. É uma zona com elevado valor geológico e cultural para o ecoturismo e surf, e o desenvolvimento do novo porto terá um impacto direto na zona de surf.