Sem brasileiros, Corona China Open abre o QS 2020 com evento de 5 mil pontos reunindo nomes experientes do surf mundial em boas ondas
Por Fernando Guimarães
Após um final arrebatador em Pipeline, os tops do Circuito Mundial seguem em folga, mas a disputa pelas vagas na elite mundial em 2021 já começaram. O pontapé inicial do Qualifying Series foi dado na madrugada desta segunda (6), com o Corona Open China, inédita etapa do circuito de qualificação no gigante asiático.
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A introdução da etapa chinesa não foi a única mudança no QS em 2020. Este marcará o início do Challenger Series, uma série de etapas de 10 mil pontos — atualmente, contando com aqueles ainda marcados como “tentativa”, serão oito eventos com a pontuação máxima no ranking, dois a mais a do que em 2019.
Para reforçar a importância desses eventos, as etapas do “segundo degrau” de maior importância no circuito tiveram suas pontuações máximas reduzidas de 6 mil para 5 mil pontos. O Oi Hang Loose Pro, em Fernando de Noronha, foi uma dessas. Em compensação, o Volcom Pipe Pro, em Pipeline, Havaí, subiu de 3 mil para 5 mil, valorizando ainda mais uma das poucas ondas de consequência do QS.
Sem brasileiros na abertura do QS
Nenhum surfista brasileiro inscreveu-se na disputa do Corona China Pro, que teve toda a sua primeira rodada realizada nesta madrugada em boas esquerdas de até um metro em Riyue Bay, na ilha de Hainan, sudeste da China.
O campeonato tem a participação de diversos nomes conhecidos do surf internacional, como ex tops do CT Joan Duru, da França, Keanu Asing, do Havaí, e Patrick Gudauskas, da Califórnia.
A melhor apresentação do dia ficou por conta do californiano Cole Houshmand, que somou 8,33 pontos na melhor onda e 15,16 na média mais alta da rodada.
Josh Moniz, Hiroto Ohhara e Keanu Asing também fizeram boas baterias, mas o grande destaque mesmo foi outro: o chinês Qio Zhuo. O surfista local de Riyue Bay de apenas 16 anos tornou-se, segundo a WSL, o primeiro representante da China a avançar uma bateria em um torneio de grande porte do surf profissional. Ele ficou em segundo lugar na sua bateria, à frente do estadunidense Jackson Butler, com uma sensacional virada no último minuto.
“Estou muito feliz e animado, pois é a primeira vez que a WSL faz um campeonato grande aqui [Hainan]”, disse ele. “Estava um pouco nervoso, mas conversei com meu técnico, e é muito melhor quando eles me dizem o que fazer — pegar as melhores ondas e só fazer o que eu sei. Surfar contra esses caras me dá uma boa experiência. Quero estar no CT quando for mais velho e vou dar o meu melhor para isso”, continuou ele.
A próxima chamada para o Corona China Pro é as 7h45 da noite, no horário de Brasília, com o provável início do campeonato feminino, que também não contará com a presença de nenhuma representante brasileira.
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