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Imprensa australiana repercute ameaça de morte de brasileiro a Ethan Ewing

A imprensa australiana destacou a ameaça de morte feita por um suposto fã de surf brasileiro ao australiano Ethan Ewing por meio de mensagem em uma rede social.

O fato ocorreu em meio à onda de protestos que invadiu à internet após a conclusão do Surf Ranch Pro no último domingo.

A competição foi vencida pelo surfista californiano Griffin Colapinto, que derrotou o veterano brasileiro Italo Ferreira na final masculina. O resultado, bastante contestado não só por brasileiros, mas também surfistas de outros países, incluindo nomes de peso do cenário internacional, foi o estopim de uma onda de protestos que começou anteriormente, quando Ewing eliminou outro brasileiro, Gabriel Medina, nas quartas de final.

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Ewing e Medina (que chegou à final do Surf Ranch em todas as quatro vezes em que o evento foi realizado e venceu duas vezes), obtiveram a mesma pontuação de 16,67, mas o australiano avançou para as semifinais com base no critério de desempate, tendo alcançado a maior onda do dia, com 9,07 pontos.

No entanto, muitos especialistas foram as redes sociais para apontar a falta coerência da WSL que, nessas avaliações, não deu às ondas de Medina, o devido peso a um dos critérios de avaliação para a composição de uma nota, que é a progressividade – o ponto forte de Gabriel e da maioria dos brasileiros.

Outros brasileiros, como Italo Ferreira e Filipe Toledo teriam sido afetados pela mesma suposta falta de critério durante a competição.

Após a competição, Medina enviou uma carta aberta à liga mundial de surf pedindo mais clareza nos critérios de julgamento. Para a imprensa australiana, a postura do brasileiro teria alimentando críticas crescentes de que a organização tinha uma agenda definida contra o “Brazilian Storm” que domina o surf masculino nos últimos anos.

O fato é que houve muitos protestos nas redes sociais e muitas palavras agressivas à WSL e, lamentavelmente, a surfistas estrangeiros, como Ethan Ewing e Griffin Colapinto, que nada têm a ver com o sistema de julgamento da liga mundial de surf.

Contudo, um caso em particular causou perplexidade e pode acabar muito mal para um suposto fã de surf brasileiro que ultrapassou os limites do bom senso e fez uma ameaça de morte a Ethan Ewing casos o surfista australiano venha competir no Brasil.

Um dia, você vai competir aqui no Brasil e nós vamos lembrar de você. Esteja preparado. Estou dizendo de novo, aqui no Brasil, vamos te matar. Saquarema será seu funeral“, escreveu o suposto fã brasileiro.

Ewing tratou a ameaça com ironia, mas as autoridades e imprensa australiana, não. Fazer ameaças de morte é crime e em muitos países, incluindo Brasil e Austrália, pode acarretar em processos judiciais e até mesmo prisão.

O caso vem ganhando cada vez mais repercussão na imprensa australiana, não só na mídia especializada, como o site Stab, mas, também em jornais de grande circulação, como o The Guardian.

Se a ameaça é um blefe (algo bem provável) ou não, fazer uma ameaça de morte é algo bastante sério e mesmo sendo a internet no Brasil uma “terra de ninguém”, praticamente sem nenhum tipo de regulação, o mesmo não acontece em outros países.

Com a pressão da imprensa internacional, o desfecho dessa história pode acarretar em uma provável investigação criminal e, caso a situação escale, até mesmo na suspensão da etapa brasileira, caso a WSL entenda que há uma ameaça clara à integridade de seus atletas e funcionários.

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