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Guia Hardcore: fazendo a primeira surf trip solo

Por Kevin Assunção

Encarar uma surf trip solo, em busca de ondas perfeitas, é prazeroso e desafiador ao mesmo tempo.

Sozinho, é mais fácil seguir na contramão de destinos tradicionais, como Havaí e Indonésia, significa descobrir picos ou surfar com pouco ou nenhum crowd. Por outro lado, os riscos  de cair em uma roubada são maiores se você viaja por sua conta.

Sendo assim, estar bem preparado e bem informado é fundamental. E a preparação varia conforme o lugar a ser visitado, contudo, alguns aspectos independem do destino.

Fugir da zona de conforto e perseguir o desconhecido pode, a princípio, causar medo, tanto antes de embarcar como nos primeiros dias de expedição.

Passam muitas coisas pela cabeça. você não sabe o que vai acontecer, mas quer pegar ondas boas”, conta o catarinense Marco Polo, ex surfista da elite mundial, hoje um free surfer que acumula viagens a diversos países e ondas inóspitas.

Vai encarar uma surf trip solo? Prepare-se

Antes de seguir viagem, acumule o máximo de informação sobre o lugar. Fotos, vídeos e dados sobre inúmeros picos – até mesmo os pouco conhecidos – são encontrados em sites como o wannasurf.com.

Além disso, estabelecer contato prévio com os locais ou moradores de cidades vizinhas, de surfistas a funcionários de hostel, contribui para se ambientar e evitar alguns perrengues. “Para me preparar para lugares mais remotos, paro antes em uma cidade base, vizinha”, diz Marco. Assim, podem-se conseguir dicas mais precisas, não encontradas na internet.

Na bagagem, quanto menos, melhor. Carregar muita coisa atrapalha tanto em longas caminhadas como para pegar carona ou ônibus. Ao arrumar as malas, pense em quatro coisas: dormir, comer, documentar e, claro, surfar.

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Para o surf, duas pranchas, dois wetsuits e acessórios normais – parafa, leash, quilhas… Se a ideia é registrar a surf trip, pense em uma câmera à prova d’água que filme em HD, laptop e carregador solar.

O viajante basco Kepa acero, por exemplo, também carrega uma Soloshot, tripé de câmera que acompanha o surfista na água, por meio de uma braçadeira com chip.

Quando o sono bater, barraca pequena e saco de dormir que caibam na capa da prancha resolvem. Na hora da fome, fogão portátil à base de carvão, comida que não estrague fora da geladeira (macarrão, arroz, atum enlatado) e água.

No começo, segundo Marco, o viajante sempre fica “grilado”, até mesmo em mares perfeitos, “Mas, passados alguns dias, se acostuma. O medo se transforma em euforia e tudo se torna muito prazeroso”.

Expedições solo proporcionam a chance de interagir intensamente com o povo e a cultura local. “Nessas viagens, você passa por muitas dificuldades, mas as experiências refletem no resto da sua vida”, observa Kepa. “É preciso ser forte durante os perrengues, para curtir os bons momentos”.

Resumindo:

  • Fugir da zona de conforto em busca de picos desconhecidos ou inóspitos pode, a princípio, causar medo.
  • Acumule o máximo de informação sobre o lugar. Fotos, vídeos e dados são encontrados em sites como o wannasurf.com.
  • Estabeleça contato com moradores locais ou de cidades vizinhas é importante – eles podem alertá-lo sobre possíveis perrengues.
  • Na bagagem, quanto menos, melhor. Carregar muita coisa atrapalha em longas caminhadas e para pegar carona ou ônibus.
  • É normal ficar preocupado no início da viagem, mesmo ao surfar mares perfeitos. Mas bastam alguns dias para se acostumar.

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