Evolução no surfe, qual surfista não quer surfar mais e melhor?
A seguir, o surfista profissional Willian Cardoso, o Panda, reúne dicas excelentes para você melhorar no esporte dos antigos reis havaianos.
Ao blog da agência de viagens de surf DreamSurf Experience, Panda forneceu toques incríveis para o surfista refinar sua técnica. Confira abaixo e coloque em prática.
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“Muita atenção, respiração ajuda bastante, calma, prestar muita atenção em como a onda vem e como ela vai se formar, de forma a você ter o melhor posicionamento no outside,” explica Willian Cardoso, o Panda, sobre o estado de presença, um dos pontos cruciais para a boa performance no surf.
Para Panda, surf é sinônimo de diversão, mas requer atenção.
“Você conversa e brinca, mas têm de prestar muita atenção: estudar o mar, estar atento, visualizar aonde você quer surfar, como você quer surfar; aonde as ondas maiores estão quebrando e por aí vai.”
Panda explica que você deve usar a onda a seu favor.
“Seja na parte gorda ou buraco, estar bem posicionado. Uma boa remada vai te ajudar a fazer um drop perfeito para você surfar as ondas dos seus sonhos.”
Ele explica que a sua cabeça é seu guia: “Para onde você olhar, é que você será direcionado. Então procure fazer o movimento de base-lip sempre mirando o lip. Assim você constrói velocidade. Quanto mais vezes você for até o lip, mais velocidade você vai ter na onda, e assim você vai poder percorrer a onda até o final.”
Panda explica que troca de borda é fundamental: “Usamos o lip como referência e a gente busca isso para gerar mais velocidade, alternar entre espuma e parte crítica da onda e assim fazer melhores manobras.”
Ele reforça que além do surf, treinar em dia sem ondas, fora d’água, ajuda muito no rendimento.
Outro ponto fundamental para melhorar o seu rendimento no surf, é saber escolher a prancha ideal de acordo com seu momento e objetivos.
“A prancha mágica é aquela que te traz boas recordações e felicidade. É preciso saber o que te corresponde para que você possa ter boa diversão e pegar o máximo de ondas possíveis,” pontua Panda.
Importante também é ter um quiver para que você possa fazer melhores escolhas segundo as condições do mar.
Para montar seu quiver, Panda recomenda a sua prancha do dia a dia, mais uma prancha menor e outra prancha maior.
Vale lembrar que Panda será coach em algumas DreamTrips de 2023: para Punta Mango, de 22 a 29 de abril em El Salvador, e para as Maldivas, de 13 a 23 de setembro de 2023.
“Maldivas é um lugar que podemos explorar muito: levar uma gunzeira é essencial (as ondas maiores podem chegar a 8 pés), mais as pranchas do dia a dia, e aí, a dica é levar uma prancha para tubo e outra para manobras. Vou levar uma biquilha com certeza.”
Panda reforça também que antes das viagens é possível analisar a previsão das ondas, ver como estarão as condições, e a partir daí, definir qual o melhor quiver para cada pessoa.
Sobre Willian Cardoso
Em seus mais de 16 anos de carreira de surfista profissional, Willian Cardoso foi vice-campeão brasileiro em 2008, campeão sul-americano da WSL Latin America em 2010 e ganhou cinco etapas do Qualifying Series.
A primeira foi o Movistar Pantin Classic na Espanha em 2008, evento que bicampeão em 2009, ano que venceu outra na perna europeia, nas Ilhas Açores de Portugal. Em 2010, ganhou o Coca-Cola Saquarema Pro na Praia de Itaúna e o último foi o tradicional Surfest de Newcastle na Austrália em 2012, na final brasileira com o hoje campeão mundial Filipe Toledo.
Um grande marco da sua carreira foi em 2018, quando ele finalmente chegou no Tour, após batalhar mais de 10 anos por uma vaga. No seu ano de estreia, Panda fez história e venceu a etapa de Uluwatu, batendo um dos grandes nomes da época, o australiano Julian Wilson.
