21.9 C
Hale‘iwa
terça-feira, 23 abril, 2024
21.9 C
Hale‘iwa
terça-feira, 23 abril, 2024

Estudos indicam que novo Arroz Marinho poderá revolucionar a alimentação

Em 2017, Ángel León, famoso chef e proprietário do Aponiente, um dos melhores restaurantes da Espanha, iniciou um trabalho pioneiro de cultivo de Zostera, uma planta aquática que produz um cereal marinho, semelhante em formato e sabor ao arroz.

Trata-se de um projeto que não se concentra apenas nas aplicações gastronômicas do cereal, mas também em se criar um banco de sementes para repovoar áreas húmidas costeiras, desenvolvendo também sistemas de plantio e colheita que se adaptem ao ambiente marinho. A cultura experimental ocupa cerca de três mil metros quadrados do Parque Natural da Bahia de Cádiz, próximo ao município de Puerto Real.

Veja também:

+ 20 minutos de Teahupo’o Psycho com Nathan Florence

+ Dicas para fortalecer a musculatura para o surf

Pretendemos criar o primeiro e único centro especializado do mundo no cultivo destas plantas marinhas”, diz o chef. “O objetivo é continuar a investigar este cereal marinho, que poderá nos ajudar a mitigar os efeitos das alterações climáticas, e restaurar os ecossistemas aquáticos”, acrescenta.

O cultivo do arroz marinho levanta a possibilidade de criar um “jardim aquático” que permita produzir um alimento barato e nutritivo em áreas do planeta onde o acesso a água doce é escasso e ainda há água salgada. De acordo com a informação publicada no site cerealmarino.com, é uma semente ou grão muito mais denso do que outros cereais e também muito mais nutritivo, a meio caminho entre o arroz e as leguminosas.

Num estudo comparativo com outros cinco cereais (arroz, cevada, trigo, aveia e milho), foram detectadas mais proteínas de alta qualidade, hidratos de carbono e vitaminas A e E do que qualquer outro tipo de cereais, bem como elevadas concentrações de vitaminas B, ácidos gordos essenciais, ómegas 3 e 6 e aminoácidos que não existem noutros cereais comuns, o que o torna um “superalimento com qualidades excecionais para uma alimentação saudável”.

Contudo, por se tratar de um estudo relativamente recente, serão ainda necessários alguns anos em pesquisas e prospecções para se compreender quais serão os efeitos em larga escala desse tipo de alimento e suas consequências para o meio ambiente, ainda que as probabilidades sejam bastantes promissoras.

Receba nossas Notícias no seu Email

Últimas Notícias