Erik Logan declarou em recente entrevista ao site Boardsportsource, que a WSL vem crescendo de forma expressiva desde o último ano.
Atual CEO da WSL, Logan disse que “os números falam por si”, destacando o crescimento do alcance digital em 62%, somado a um aumento em 20% da receita da liga mundial de surf e 35% em novas parcerias.
Ex-diretor da Oprah Winfrey (TV) Network, Erik Logan ingressou inicialmente na WSL como diretor da WSL Studios antes de assumir o cargo de CEO em 2020.
“Quando entrei na empresa, minha intenção era tentar encontrar maneiras de criar mais histórias e narrativas. A intenção de fazer isso é atrair pessoas que podem não estar completamente familiarizadas com o surf competitivo ou mesmo cientes de que existe isso”, declarou.
Logan destacou a estratégia de combinar a divulgação dos eventos da WSL usando o alcance digital da marca no Facebook, TikTok, YouTube, com mídias tradicionais de esportes, como é o caso do Sport TV da Tv Globo, como fator chave para esse crescimento.
“Precisamos atender o público onde ele está”, disse Erik. No entanto, por outro lado, no ‘core’ do universo surfístico, a WSL tem sido bastante criticada por jornalistas especializados por não dar atenção e até mesmo se portar como concorrente das mídias tradicionais de surf na produção de conteúdos sobre o esporte (WSL Studios).
Não por acaso, as recentes suspeitas de favorecimento a competidores estadunidenses e australianos contra surfistas brasileiros no julgamento de etapas do championship tour tem sido solenemente ignoradas pela chamada “grande mídia”, mas debatidas abertamente na mídia tradicional.
Mas o fato é que a WSL se tornou um negócio, e como tal, precisa gerar lucro para garantir a sua própria existência.
Sendo assim, desde que assumiu o cargo de CEO da WSL, Logan trouxe novidades expressivas para a Liga, com a missão de transformá-la em um produto rentável.
Alguns exemplos são o lançamento de programas de TV e streaming como The Ultimate Surfer e Make or Break, e mudanças no formato do CT, inspirado no chamado “playoff” da liga de futebol americano, com o corte do meio do ano e a super final com os Top 5.
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E como demonstrado pelo CEO em sua entrevista, apesar das críticas recebidas por competidores e público em geral, o novo formato do championship tour superou todas as métricas de audiência alcançadas pela WSL anteriormente.
Tendo isso em mente e ainda que suspeitas de favorecimento a atletas não possam ser comprovadas, verdade seja dita, não é mera “teoria da conspiração” imaginar que um campeão mundial estadunidense ou australiano seria muito “conveniente” dentro dessa estratégia comercial.
E deixando de lado a paixão (talvez ingenuidade?) de quem acredita na “pureza” do surf competitivo, o fato é que a WSL opera no vermelho desde sua fundação e as mudanças que estão sendo implementadas pela nova gestão da entidade apresentam, pela primeira vez, uma projeção concreta de lucro para o próximo ano.
“Business as usual”.