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Edgard Groggia vence o Salinas Surf City e garante vaga no Challenger Series

O brasileiro Edgard Groggia e a peruana Daniella Rosas conquistam os títulos do Salinas Surf City no Equador, competição encerrada no último domingo (27) em domingo na Playa de la FAE, na Península de Santa Elena, Equador.

A competição, integrada ao Qualifying Series – QS da WSL, foi muito importante para Groggia. O brasileiro, que ocupava a 11ª colocação no ranking, dependia de um bom resultado para garantir uma vaga entre os dez primeiros colocados do QS da América Latina, classificados para competir no Challenger Series, onde terão a chance de disputar uma vaga para entrar no Championship Tour – CT.

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“Estou muito feliz, quero agradecer a todo mundo que está aqui na praia e ainda estou meio sem palavras para descrever o que estou sentindo”, disse Edgard Groggia, que ganhou duas posições no ranking da WSL Latin America no domingo, subindo do 11.o para o 9.o lugar.

Salinas Surf City
João Chianca. Foto Kevin Moncayo

O pódio masculino foi 100% brasileiro, com Edgard Groggia passando pelo grande amigo e companheiro de equipe, Marcos Correa, nas semifinais e João Chianca derrotando a grande surpresa desta etapa, o jovem Leo Casal.

Os dois surfistas de outros países que chegaram no domingo decisivo do Salinas Surf City, ficaram nas quartas de final. Marcos Correa vingou a derrota sofrida nas semifinais do QS 1000 de Montañita, para o peruano Lucca Mesinas. E Groggia barrou o uruguaio Marco Giorgi no duelo seguinte.

Na final masculina, Edgard apostou nos aéreos para superar seu compatriota e atual campeão sul-americano, João Chianca.

Marcos Correa. Foto Kevin Moncayo

A decisão do título foi adrenalizante, com os dois finalistas dando um show nas boas direitas da Playa de la FAE. Depois do vice-campeonato na final com o peruano Lucca Mesinas no Montañita Surf City, Edgard Groggia queria a vitória para coroar sua classificação para o Challenger Series.

Ele já começou a bateria tentando um aéreo, que não completou. João Chianca preferiu atacar forte sua primeira onda, com duas manobras muito sólidas que valeram nota 8.50. Edgard seguiu errando as manobras nas ondas, mas acertou o aéreo reverse na terceira tentativa, entrando na briga com nota 7.00.

João Chumbinho usa a tática das duas manobras fortes em outra onda, somando nota 6.00.  Edgard também encaixa dois ataques potentes que valem 6.60. Logo pega outra para voar em mais um aéreo e recebe 7.30.

O placar fica 14.50 a 14.30 para João Chianca, com Edgard precisando de 7.21 pontos para vencer nos 10 minutos finais. Ele sabia que precisava fazer algo grande e achou uma direita que formou a rampa para mandar um alley-oop animal, perfeito, muito alto. Edgard completa o aéreo batendo com as duas mãos no peito e os juízes dão 9.50, virando o placar há 6 minutos do fim. João não conseguiu retomar a ponta e Edgard Groggia festejou sua primeira vitória no Circuito Mundial da World Surf League por 16.80 a 14.50 pontos.

Finalistas Masculino: Marcos Correa, Leo Casal, Edgard Groggia e João Chianca. Foto Kevin Moncayo

CHALLENGER SERIES – Com os 1.000 pontos da vitória no Salinas Surf City, Groggia ganhou duas posições no ranking da WSL Latin America no domingo, subindo do 11.o para o 9.o lugar. O atual campeão sul-americano, João Chianca, permaneceu na sexta posição. Os outros classificados para o Challenger Series foram o peruano Alonso Correa, o uruguaio Marco Giorgi e mais seis brasileiros, Wiggolly Dantas, Ian Gouveia, Thiago Camarão, Weslley Dantas, Samuel Pupo e Rafael Teixeira. As etapas do Challenger Series serão no segundo semestre e classificarão doze surfistas para completar a elite do World Surf League Championship Tour em 2022.

Summer Macedo passa a competir como brasileira

Summer Macedo. Foto Kevin Moncayo

Na decisão do título feminino, a namorada de João Chianca, Summer Macedo, assim como Edgard Groggia, também tinha perdido a final do Montañita Surf City para Silvana Lima e queria a vitória em Salinas. Esses eventos no Equador são os primeiros que a havaiana está representando o país de nascimento do seu pai. A partir desse ano, Summer Macedo passa a competir como brasileira e já começou bem, fazendo dois pódios seguidos com a bandeira verde-amarela.

Na decisão feminina, as ondas já estavam bem melhores e mais constantes do que pela manhã, com as duas finalistas surfando de frontside as direitas da Playa de la FAE. Daniella Rosas pegou a primeira e começou com nota 5.00. A da Summer Macedo foi melhor e ganhou nota 6.00. Elas ficam trocando a liderança a cada onda surfada, até a peruana conseguir notas 7.00 e 5.75 em duas ondas seguidas. Daniella então passa a usar bem a prioridade de escolher a próxima onda, na primeira vez que Summer ficava em desvantagem nas baterias que disputou em Salinas.

DaniellaRosas. Foto Kevin Moncayo

A havaiana fica pegando as que ela deixa passar, mas a peruana escolhe bem uma boa direita, que rende uma combinação de três manobras executadas com pressão e velocidade, para ganhar 8.00 dos juízes. Com essa nota, a havaiana passa a precisar de 9.00 pontos para vencer nos 5 minutos finais. Ela erra na escolha de uma onda, depois não entra mais nenhuma com potencial e Daniella Rosas festeja sua segunda vitória em etapas do WSL Qualifying Series, por 15.00 a 10.65 pontos. A primeira foi na Argentina em 2019, no ano que conquistou o título sul-americano da WSL Latin America.

VAGA NO CHALLENGER SERIES – A peruana é a atual campeã sul-americana e lidera o ranking regional da WSL Latin America, que indica cinco surfistas para disputar classificação para a elite do World Surf League Championship Tour, nas etapas do Challenger Series no segundo semestre. Antes de conquistar sua segunda vitória no WSL Qualifying Series, Daniella confirmou a última vaga para a equatoriana Dominic Barona, com a vitória sobre Julia Duarte nas semifinais. A brasileira precisava vencer esta etapa para se classificar.

Este foi segundo presente especial da peruana para a amiga Mimi Barona. Foi a mesma Daniella Rosas que garantiu o nome da equatoriana para a estreia do surfe como modalidade olímpica nos Jogos de Tóquio. A peruana já estava classificada por ter vencido o Panamericano de Lima em 2019, derrotando a própria Dominic Barona na decisão. Só que três semanas atrás, Daniella garantiu outra vaga no ISA Surfing Games de El Salvador, deixando então a do Panamericano para a equatoriana.

As duas estarão juntas no Japão e também nas etapas do Challenger Series no segundo semestre. As outras surfistas indicadas pelo ranking regional da WSL Latin America foram a brasileira Silvana Lima, que também estará nas Olimpíadas, a peruana Sol Aguirre e a argentina Josefina Ané. O primeiro evento do Challenger Series será o US Open of Surfing, de 2 a 8 de agosto em Huntington Beach, na Califórnia, Estados Unidos.

Finalistas Feminino: Summer Macedo, Melanie Giunta, Daniella Rosas e Julia Duarte. Foto Kevin Moncayo

CNT EXPRESSION SESSION – Uma bateria especial foi realizada entre as semifinais e as decisões dos títulos no domingo, a CNT Expression Session, com vários surfistas tentando a manobra mais radical nas direitas da Playa de la FAE. Foi um verdadeiro show de aéreos na praia da Força Aérea do Equador. O melhor deles foi o do brasileiro Marcos Correa, que levou o prêmio extra de 200 dólares, oferecido ao vencedor da CNT Expression Session.

Resultados do Salinas Surf City

Daniella Rosas e Edgard Groggia. Foto Kevin Moncayo

Campeão: Edgard Groggia (BRA) por 16,80 pontos (9,50+7,30) – US$ 2.000 e 1.000 pontos.

Vice-campeão: João Chianca (BRA) com 14,50 pontos (8,50+6,00) – US$ 900 e 800 pontos.

SEMIFINAIS – 3.o lugar com 650 pts e US$ 550:
1.a: Edgard Groggia (BRA) 15.75 x 4.75 Marcos Correa (BRA)
2.a: João Chianca (BRA) 14.05 x 9.20 Leo Casal (BRA)

QUARTAS DE FINAL – 5.o lugar com 500 pts e US$ 250:
1.a: Marcos Correa (BRA) 13.50 x 11.25 Lucca Mesinas (PER)
2.a: Edgard Groggia (BRA) 14.00 x 9.75 Marco Giorgi (URU)
3.a: João Chianca (BRA) 11.40 x 10.40 Ryan Kainalo (BRA)
4.a: Leo Casal (BRA) 8.95 x 5.85 Fernando Junior (BRA)

DECISÃO DO TÍTULO FEMININO:
Campeã: Daniella Rosas (PER) por 15,00 pontos (8,00+7,00) – US$ 2.000 e 1.000 pontos
Vice-campeã: Summer Macedo (BRA) com 10,65 pontos (6,00+4,65) – US$ 900 e 800 pontos

SEMIFINAIS – 3.o lugar com 650 pts e US$ 550:
1.a: Daniella Rosas (PER) 10.85 x 6.50 Julia Duarte (BRA)
2.a: Summer Macedo (BRA) 12.75 x 10.75 Melanie Giunta (PER)

RANKING REGIONAL DA WSL LATIN AMERICA 2021:
*- tops do CT dispensam vaga no ranking regional
01: Wiggolly Dantas (BRA) – 8.600 pontos
*02: Jadson André (BRA) – 8.500
03: Alonso Correa (PER) – 7.625
04: Ian Gouveia (BRA) – 6.500
05: Thiago Camarão (BRA) – 6.250
06: João Chianca (BRA) – 5.635
07: Weslley Dantas (BRA) – 4.700
08: Marco Giorgi (URU) – 4.691
09: Edgard Groggia (BRA) – 4.525
10: Samuel Pupo (BRA) – 4.475
11: Rafael Teixeira (BRA) – 4.266
—–Top-10 do Challenger Series até o 11.o
12: Alejo Muniz (BRA) – 3.995
*13: Yago Dora (BRA) – 3.575
14: Marcos Correa (BRA) – 3.075
15: Leandro Usuña (ARG) – 2.925
16: Willian Cardoso (BRA) – 2.775
17: Jessé Mendes (BRA) – 2.750
18: Victor Bernardo (BRA) – 2.725
*19: Filipe Toledo (BRA) – 2.500
20: Leo Casal (BRA) – 2.475
—-mais 132 surfistas pontuaram no ranking 2021

RANKING FEMININO DA WSL LATIN AMERICA 2021:
01: Daniella Rosas (PER) – 3.545 pontos
02: Silvana Lima (BRA) – 2.375
03: Sol Aguirre (PER) – 2.125
04: Josefina Ané (ARG) – 2.120
05: Dominic Barona (ECU) – 1.850
—–Top-5 para o Challenger Series
06: Julia Duarte (BRA) – 1.675
07: Summer Macedo (BRA) – 1.600
08: Anali Gomez (PER) – 1.500
09: Melanie Giunta (PER) – 1.475
10: Nairê Marquez (BRA) – 1.150
—-mais 37 surfistas pontuaram no ranking 2021

* Com informações de João Carvalho / WSL Latin America

 

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