22.4 C
Hale‘iwa
quinta-feira, 25 abril, 2024
22.4 C
Hale‘iwa
quinta-feira, 25 abril, 2024

Brasileiros seguem fortes no Pro Ericeira

MEO Vissla Pro Ericeira realizou mais quinze baterias nas boas ondas de 3-4 pés da segunda-feira em Ribeira D´Ilhas, na Reserva Mundial de Surf de Ericeira, em Portugal. Onze surfistas do Brasil competiram e Caio Ibelli e Silvana Lima estrearam batendo recordes do WSL Challenger Series 2021. Alejo Muniz, Michael Rodrigues, Jessé Mendes também avançaram e mantiveram maioria brasileira, com 12 classificados entre os 48 que seguem na briga do título. Entre as mulheres, Summer Macedo e Silvana passaram pela primeira fase, que continua as 8h00 da terça-feira em Ericeira, 4h00 da madrugada no Brasil, ao vivo pelo WorldSurfLeague.com.

O segundo dia do MEO Vissla Pro Ericeira começou pelas seis baterias restantes da primeira fase masculina e prosseguiu com mais nove dos dezesseis confrontos da rodada inicial feminina. Weslley Dantas ficou em último na bateria que abriu a segunda-feira, mas na segunda Caio Ibelli brilhou nas direitas de Ribeira D´Ilhas. Ele destruiu uma onda com dois ataques muito fortes no crítico e finalizou com um layback animal na junção, ganhando nota 8,50 dos juízes. Luel Felipe também surfou bem uma onda que valeu 7,07.

Veja também

+ Brasileiros fazem boa estreia na 2ª etapa do Challenger Series

+ Melhores momentos do Surf Ranch Classic

+ ISA trabalha para colocar o surf nas Paralimpíadas

Os dois iam fazendo uma dobradinha brasileira, até o australiano Jackson Baker conseguir 6,70 na sua última onda, para superar o pernambucano por uma pequena diferença de 12,87 a 12,27 pontos. Luel foi eliminado junto com o sul-africano Shane Sykes. Já Caio Ibelli, ainda achou outra onda boa para mandar o seu layback na junção e somar 6,90 na vitória por 15,40 pontos. A nota 8,50 e esse placar, são as maiores marcas do Brasil e da América do Sul nas duas etapas do WSL Challenger Series 2021.

Caio Ibelli. Foto: Damien Poullenot/World Surf League

Na categoria feminina, Silvana Lima também achou boas ondas para atacar forte com seu frontside, variando batidas e rasgadas abrindo grandes leques de água nas direitas de Ribeira D´Ilhas. Ela ganhou nota 8,83 com uma série de manobras potentes combinadas com velocidade. Depois, sacramentou a vitória sobre as francesas Pauline Ado e Tessa Thyssen e a americana Sawyer Lindblad, com outra onda muito bem surfada, que valeu 7,57. Com essa nota, atingiu o maior placar feminino do ano no WSL Challenger Series 2021.

Como não participou do US Open of Surfing, que abriu o WSL Challenger Series 2021 na semana passada, Silvana Lima só agora está entrando na briga pelas seis vagas para o World Surf League Championship Tour 2022.

Na segunda fase, vai competir junto com outra brasileira, Summer Macedo, a mesma que ela derrotou na final do Corona Salinas Open, em junho no Equador. As duas vão enfrentar Leilani McGonagle (CRI) e Molly Picklum (AUS), no segundo confronto da segunda fase em Portugal.

Summer Macedo liderou sua bateria de estreia em Ericeira contra três australianas até o minuto final. As duas que estavam perdendo, pegaram ondas e ficou a expectativa pelas notas. Sophie McCulloch precisava de 4,83 e conseguiu 5,77, para tirar a vitória da brasileira. Já Dimity Stoyle, recordista de pontos (15,10) do US Open of Surfing, continuou em último e Summer Macedo avançou em segundo lugar, por 10,43 a 10,30 pontos da outra australiana eliminada, Ellie Brooks.

Silvana Lima. Foto: Damien Poullenot/World Surf League

O Brasil ainda teve a irmã do tricampeão mundial Gabriel Medina competindo como convidada no MEO Vissla Pro Ericeira. Sophia Medina entrou na primeira bateria e estava se classificando até os 5 minutos finais, quando a top do CT 2021, Keely Andrew, conseguiu uma nota 8,00 para pular do terceiro para o primeiro lugar. A costa-ricense Leilani McGonagle, que liderava, passou em segundo e Sophia terminou em 33.o lugar no evento, ficando à frente da japonesa Amuro Tsuzuki, que competiu no CT esse ano e nas Olimpíadas.

Recordes – A norte-americana Caitlin Simmers está em segundo lugar no ranking do WSL Challenger Series, liderado por Gabriela Bryan. A havaiana quer se manter na frente da corrida pelas seis vagas para o CT 2021 e estreou batendo os recordes de Silvana Lima no MEO Vissla Pro Ericeira, logo na bateria seguinte a da brasileira. Ela massacrou sua primeira onda com uma série de manobras executadas com pressão e velocidade, que arrancaram nota 9,50. A segunda foi boa também, para somar 7,67 e se tornar a recordista absoluta do WSL Challenger Series 2021, com 17,17 pontos.

Alejo Muniz. Foto: Damien Poullenot/World Surf League

Na categoria masculina, o igualmente havaiano Imaikalani Devault, também tinha ultrapassado os recordes de Caio Ibelli na única bateria sem participação brasileira da segunda-feira em Ribeira D´Ilhas. Ele aumentou o recorde de nota do dia de 8,50 para 8,67 e atingiu 16,17 pontos, que é o maior placar do WSL Challenger Series 2021 na categoria masculina. Imaikalani defende vaga no G-12 que se classifica para o CT 2022 e vai encarar dois brasileiros na segunda fase, Alejo Muniz e Jessé Mendes.

Eles, Caio Ibelli e Michael Rodrigues, mantiveram a maioria do Brasil entre os concorrentes ao título do MEO Vissla Pro Ericeira. Esta segunda etapa do WSL Challenger Series 2021 começou com 21 brasileiros entre os 96 participantes de 19 países. Mais um entrou na segunda-feira, Victor Bernardo, na vaga do americano Ian Crane, que não apareceu em Portugal. Vitinho acabou entrando na bateria onde já estavam dois brasileiros e os três perderam para o australiano Callum Robson. Só Jessé Mendes se classificou, com Victor e Alex Ribeiro sendo eliminados.

O cearense Michael Rodrigues ganhou a disputa seguinte e Alejo Muniz venceu a bateria que fechou a primeira fase. Nela, o australiano Sheldon Simkus conquistou a última vaga para a segunda fase, com ambos eliminando dois portugueses, o top da elite, Frederico Morais, e Afonso Antunes. Com isso, o único surfista de Portugal a seguir na briga do título em Ericeira é Vasco Ribeiro, que está no grupo dos 12 que se classificam para o CT 2022.

Entre os 48 surfistas divididos nas 12 baterias da segunda fase, 12 são do Brasil, 10 da Austrália, 7 dos Estados Unidos, 5 da França, 4 do Havaí, 2 do Japão, 2 da África do Sul, 1 de Portugal, 1 do Peru, 1 do Uruguai, 1 da Costa Rica, 1 de Barbados e 1 de Marrocos. São tantos brasileiros que, em apenas 3 baterias não haverá algum disputando vagas para a rodada classificatória para as oitavas de final do MEO Vissla Pro Ericeira.

VAGAS PARA O CT 2022 – O WSL Challenger Series vai completar a elite que disputará os títulos mundiais no World Surf League Championship Tour 2022, classificando 12 surfistas para a categoria masculina e seis para a feminina. Serão quatro etapas e os rankings irão computar três resultados, com um deles podendo ser a maior pontuação obtida nas etapas do WSL Qualifying Series de 2020 disputadas até o mês de março, antes do Circuito Mundial ser cancelado por causa da pandemia do Covid-19.

Texto: João Carvalho

Receba nossas Notícias no seu Email

Últimas Notícias