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Big Waves Brasil consagra campeões da temporada 2020/21

Na última quinta-feira, 02 de setembro, após 12 meses de big surf e captação de imagens, além de algumas semanas de trabalho das bancas julgadoras avaliando as ondas, o Prêmio Surfland Big Waves Brasil coroou os grandes campeões da temporada 2020/21.

O sistema de julgamento foi composto pela visão de renomados atletas, de experientes árbitros e da população. Contou ainda com a visão técnica-científica de um oceanógrafo especialista em medição de ondas. Foram contempladas as categorias a Maior Onda Surfada e a Melhor Performance em Onda Grande.

Resultado final do Big Waves Brasil

Fabiano Weber Wainberg venceu na categoria Maior Onda Surfada (em foto), com uma bomba na Praia do Silveira. Carolina Scorsin foi responsável pela captação da imagem vencedora, e também saiu premiada.

Fiquei um tempo esperando com paciência, passou uma onda muito grande, que o pessoal tentou remar, mas eu continuei remando para o outside. Aí veio esta onda, não perdi a oportunidade, remei e ela estava linda, um paredão azul”, contou. “É uma honra estar aqui, no meio só de ídolos e amigos, vivendo este mundo do big surf, que é algo inexplicável e este dia está sendo especial”.

Já na categoria de Melhor Performance em Onda Grande (em vídeo) Luiz Henrique da Silva, o Luizinho, fez pódio novamente, porém desta vez como campeão, também com uma morra na Praia da Silveira. O big rider David Nagamini foi responsável pela captação da imagem vencedora e também foi premiado.

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Não tenho palavras para descrever o que estou sentindo. Eu me dediquei bastante a este prêmio. Dificilmente falhei em algum swell correndo atrás disso, neste dia da laje eu quebrei duas gunzeiras tentando fazer quase o impossível com uma prancha de tamanho 10’2. Eu acho que quem estava lá presenciou isso”, relatou Luizinho.

Além dos campeões das duas categorias, o evento ainda premiou simbolicamente os campeões do voto popular nas duas fases da competição. Foram eles: Marcos Peruchi (1º fase na Maior Onda), Guilherme Ferreira (1º fase na Melhor Performance), Carlos Henrique Guimarães (2º fase na Maior Onda) e Gabriel Sodré (2º fase na Melhor Performance).

Fora do script do regulamento, como a competição possuía categoria unissex, a organização decidiu incentivar mais a participação de mulheres nas competições de ondas grandes. Com uma bomba surfada no Quebra-Ossos, Michaela Fregonese recebeu prêmio de melhor colocação entre as mulheres no campeonato.

São poucas mulheres nesta categoria (feminina), mas eu espero que daqui pra frente, assim como eu, elas se inspirem mais, para que as pessoas toquem mais esta categoria”, comemorou Michaela.

Praia do Silveira em destaque

Em um ano onde houve predomínio de ondulações e ventos do quadrante Sul, a Praia do Silveira (em Garopaba) foi o grande destaque da temporada, com a maior quantidade de ondas inscritas e, consequentemente, a maior quantidade de ondas classificadas entre as finalistas Top 16 de cada categoria.

Curiosamente, as duas ondas campeãs foram surfadas e registradas lá e no mesmo dia (6 de fevereiro). Além das duas ondas campeãs, este também foi o dia e local em que foram surfadas as ondas que empataram na 2ª colocação na categoria de Maior Onda, por Carlos Henrique Guimarães e Luifz Henrique da Silva.

Neste mesmo dia, vários picos propícios para o vento Sul quebraram de maneira histórica, como no caso do Rosa Sul, que ofereceu a longa direita que conquistou a segunda colocação na categoria de Melhor Performance, com Gabriel Sodré.

Cerimônia de premiação

A Surfland preparou uma grande cerimônia de premiação para o evento, trazendo ninguém menos do que uma lenda viva do surfe, dos pioneiros do surfe brasileiro de ondas grandes, Ricardo Bocão, para comandar a premiação.

Devido às restrições impostas pela pandemia do Covid-19, a cerimônia foi restrita somente para convidados, não abrangendo todos os atletas que participaram do prêmio.

A cerimônia foi realizada no restaurante Parador, na beira da Praia do Centro de Garopaba. Além do delicioso banquete oferecido, todos os convidados brindaram com cervejas Dado Bier geladas.

Diversas personalidades e autoridades do surfe vieram de diferentes regiões do estado para prestigiarem o final desta importante competição. Durante algumas entrevistas, os principais patrocinadores explicaram um pouco por que se envolveram com o surfe de ondas grandes e com este projeto.

O futuro do surfe de ondas grandes no Brasil

As duas chapas de oposição à atual diretoria da Confederação Brasileira de Surf (CBSurf) uniram-se para somar forças contra a gestão de Adalvo Argolo, promotendo uma gestão muito mais participativa e democrática aos surfistas.

O legend do surfe brasileiro Teco Padaratz foi escolhido para ser o candidato a presidente desta chapa, e estava presente na cerimônia de premiação.

“Eu estou muito feliz em estar aqui hoje e estar vendo a força do surfe brasileiro se unindo. O surfe de ondas grandes é uma pérola que a gente tem no Brasil, é um diamante, que tem que ser explorado e promovido, nós temos que botar isso nos holofotes”, disse Teco.

Representantes da chapa informaram ao público que há novidades para 2022, como um evento mundial da ‘Laje da Jagua’, o primeiro Circuito Brasileiro de Ondas Grandes, a ampliação do Prêmio Big Waves Brasil, dentre outros, caso a chapa Nação Surfa Brasil ganhe a eleição da CBSurf.

O Prêmio

O Prêmio Surfland Big Waves Brasil distribuiu 30 mil reais em dinheiro, além de produtos/serviços, premiando duas categorias dentro do território catarinense na janela de 18 de junho de 2020 e 18 de junho de 2021: Maior Onda Dropada (em foto) e Melhor Performance em Onda Grande (em vídeo).

Para mais informações visite o site oficial do evento.

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