O ex-top australiano, agora aposentado, Julian Wilson, grande adversário dos brasileiros, especialmente de Gabriel Medina, com quem travou duelos épicos, não apenas revelou suas previsões para o campeonato mundial de 2023, mas também compartilhou sua opinião sobre o melhor nome para o cargo de CEO da World Surf League (WSL).
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Em entrevista à mídia australiana, Tracks, Wilson não hesitou em expressar seu apoio a uma figura emblemática do cenário do surf como o candidato ideal para liderar a WSL: Bob Hurley, o homem que fundou a Hurley em 1979. “Acho que Bob Hurley seria ótimo. Ele é extremamente apaixonado e conectado com a indústria. Ele teve um grande sucesso com marcas e na identificação de talentos. Ele organizou grandes eventos através da Hurley e de marcas com as quais está associado,” explicou ele. Além disso, o surfista australiano destacou que Bob é alguém que compreende profundamente o esporte e tem a capacidade de estabelecer um ambiente de respeito e colaboração com os surfistas.
Ainda sobre esse tema, o australiano também mencionou a saída do antigo CEO, Erik Logan. Ele descreveu a maneira repentina como Logan deixou a posição como “um período estranho, uma época muito peculiar para o surf competitivo.” Wilson frisou que o silêncio dos atletas no momento do desligamento do CEO deixou claro que se tratava de alguém que não tinha o respeito da comunidade do surf. Para ele, a situação destaca a importância de trazer alguém como Bob Hurley para a liderança, alguém que é admirado pelos surfistas e compreende as necessidades e desejos dos atletas em relação às ondas, formato das competições e outros aspectos.
Quanto ao campeão mundial de 2023, ele aposta no surfista brasileiro Filipe Toledo como o mais forte na categoria masculina. “Se Toledo estiver saudável, ele é o homem a ser batido,” opinou. Na entrevista, ele destacou como as características de Trestles se alinham perfeitamente ao estilo de surf de Toledo. No campo feminino, Wilson aponta Carissa Moore como a favorita ao título, considerando sua resiliência após as dificuldades enfrentadas no ano anterior e sua consistência impressionante nas competições.
Refletindo sobre a mudança de formato de competição, Julian Wilson compartilhou insights ponderados sobre o “Final Five”. “Como fã, é difícil apreciar e respeitar que o título mundial seja decidido em apenas um dia,” disse ele, reconhecendo a complexidade dessa abordagem, dada a ampla variação de pontos. No entanto, ele opinou que o novo formato do Top Five torna o sonho de conquistar o título mais acessível para os atletas, aumentando suas chances de sucesso. “Como a Steph provou no ano passado, você meio que pode apenas entrar no top cinco, e então você pode sair com um título mundial no final daquele último dia,” disse ele, explicando sua visão.