Os surfistas que competirão nas Olimpíadas de Paris 2024 terão como palco das disputas as ondas de Teahupoo, no Taiti. Para a hospedagem dos atletas durante o evento, foi escolhida uma medida inédita: eles ficarão alojados em um navio de cruzeiro. A decisão tem o propósito de minimizar o impacto no pequeno e tradicional vilarejo localizado em frente à famosa onda. No entanto, surgiram algumas outras preocupações ambientais devido à presença da embarcação na região.
Leia mais:
+ Filipe Toledo antecipa viagem ao Taiti para treinar em Teahupoo
+ Matahi Drollet vence a triagem do Tahiti Pro 2023
+ Após US Open, Samuel Pupo é o único brasileiro dentro da zona de classificação para o CT 2024
De acordo com informações divulgadas pelo site de notícias olímpicas, Inside the Games, o Aranui, o navio escolhido para a hospedagem, foi fabricado na Romênia, e já é utilizado para viagens na Polinésia.
Entretanto, ambientalistas e moradores acreditam que a presença de um navio de cruzeiro desse porte pode acarretar em algumas consequências negativas para o ambiente e ecossistema da região.
Entre as principais preocupações estão as emissões de gases poluentes geradas pelo funcionamento constante dos motores da embarcação. Além disso, os resíduos liberados pelo navio no oceano podem conter produtos químicos e óleos, representando uma ameaça à qualidade da água e à vida marinha, incluindo o reef de Teahupoo.
A ancoragem também pode representar riscos físicos para o ecossistema marinho, causando danos ao coral e outras espécies presentes na área.
Apesar da organização das Olimpíadas estar trabalhando em um plano de compensação para reduzir o impacto ambiental do navio, ainda há incertezas sobre as medidas específicas que serão adotadas. Os moradores de Teahupoo e ativistas locais estão atentos e esperam que medidas adequadas sejam tomadas para proteger o ecossistema frágil da região.
