De 11 a 21 de agosto o Tour chega à bancada de Teahupo’o, no Taiti, para a etapa divisora de águas na definição dos Top 5 finalistas que concorrem ao caneco do Circuito Mundial da WSL em 2022 em Lower Trestles. E também para Filipe Toledo, que tem a chance de se manter no topo e se provar em ondas de consequência.
Enfim, Filipe Toledo, atual líder do ranking, é o favoritíssimo ao seu título inédito mundial nesse ano, e poucos devem discordar disso.
Confira também:
+ “Gabriel Medina é o competidor mais sinistro do Tour,” diz Jadson André
+ Gabriel Medina comemora título de Filipe Toledo em Saquarema
+ Clay Marzo: insanidade no mais alto nível neste shorebreak em Maui
Afinal o surfista segue em um flow incrível nesse 2022: foram cinco finais e duas vitórias, além do tetra extraordinário no Rio Pro Saquarema com direito a nota 10 unânime na final. Dá-lhe, Mister Saquá.
O próprio Pinga disse recentementes em entrevista que Toledo está muito maduro. Desde 2019 acompanhando o atleta, Pinga reforçou que há muitos poucos ajustes a serem feitos no surf de Toledo.
“O que fazemos mais é mostrar o que está acontecendo dentro da água; as melhores opções; com quem ele vai cair; criar estratégias; mas tudo de uma maneira muito tranquila porque o Filipe está muito maduro,” contou Pinga.
Um dos pontos a serem trabalhados por Toledo, segundo Pinga, e também de acordo com muitos entusiastas e opinadores do surf, é o seu desempenho em ondas de consequência como Teahupo’o, que será palco da próxima etapa do Tour (e ao que tudo indica também das Olimpíadas de Paris 2024). E Filipe Toledo sabe disso.
Enfim, a etapa de Teahupo’o portanto, reforça que de maneira muito circunstancial, é a chance de Filipe Toledo de demonstrar maturidade e evolução, e nos colocar uma apresentação sem precedentes nessa esquerda casca-grossa.
“Estamos tentando trabalhar esse lado, principalmente de backside,” disse Pinga sobre a performance de Filipinho em ondas pesadas.
Porque, afinal, Ubatuba, berço de Toledo, guarda alguns tesouros cracudos – ondas pesadas que testam as habilidades tubulares do surfista; Filipinho tem anos de pedigree nos canudos brasileiros.
Além do mais, o histórico de Filipe Toledo em Teahupo’o demonstra certa evolução: em 2013, o surfista ficou em 25º; em 2014 não competiu porque estava machucado; em 2015 ficou em 9º; em 2016, alcançou o 25º lugar, assim como em 2017. O ano de 2018 guarda seu melhor resultado, um 3º lugar; por fim, em 2019, o surfista terminou com a 9ª colocação.
A expectativa para a conquista do título mundial ganha ainda mais força após seu resultado em 2021, quando Toledo fez a melhor de três finais contra Gabriel Medina, e Gabriel acabou superando o local de Ubatuba em confronto explosivo e acirrado. Esse vice-campeonato foi o melhor resultado da carreira de Filipinho – está entalado na garganta.
Enfim, Filipinho já tem presença garantida na decisão, só que um bom resultado em Chopes o garante na primeira colocação, o que, convenhamos, confere muita vantagem nessa final de novo formato da WSL.
Segundo a matemática, Toledo precisa alcançar a semifinal em Teahupo’o para não correr nenhum risco de ter o primeiro posto tomado, e essa premissa catalisa ainda mais a ideia de que esta é a chance que ele tem de se provar nas cracas e assim partir para a final mais tranquilo.
Enfim, Filipe Toledo tem nas mãos a faca e o queijo. Resta-nos aguardar para ver o que ele nos trará em Chopes
E aí, quais são suas apostas?