O big rider Carlos Burle, primeiro brasileiro campeão mundial de ondas grandes [na ilha de Todos Os Santos, México] conversou com Felipe Marcondes e André Gioranelli, no novo episódio de “Surfe Papo & Flow”, da WSL. Segurança no surf de ondas grandes, saúde mental, os desafios da carreira e muito mais, foram os assuntos debatidos.
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Vídeo: WSL / YouTube
“Te encontrei na Laje de Niterói, e vi uma cena sua sinistra, você vindo lá de trás, você entrou de borda na onda, caiu para trás, bateu com a cabeça na bancada e foi direto para o hospital,” relembra André Gioranelli, pedindo a Burle que ele comente sobre a importância da segurança no big surf. Ao que Burle responde:
“Aquela situação foi muito complicada, super desconfortável, e o ambiente lá, também, da Ilha Mãe, é super reduzido, um slab que quebra muito perfeito mas precisa estar com as condições especiais. São aproximadamente 5 metros pra você pegar o tubo no lugar certo. Fomos de tow-in e tinha um pessoal remando. Puxei uns amigos e pedi para o Phebo me puxar; o Wagner também estava lá. Não estava fácil para puxar, porque tinha gente remando. Naquele momento, eu senti que não era para eu ter ido para a corda; puxei o Alemão para umas ondas até; mas eu não curti, acho que forçamos a barra. Gosto mais de quando as ondas estão sobrando e ninguém está pegando. E terminou acontecendo aquilo; o lugar é super raso e é difícil administrar o posicionamento ali; você atrasa para pegar o tubo e pode bater na pedra; dei sorte porque cheguei a apagar ali. Por isso, é importante usar a roupa de borracha com flutuação; no mar muito grande, esse colete tem tubo de CO2; e também, usar capacete nas condições extremas, de mar raso, ou em condições que você acha que são desafiadoras para você,” comentou Burle.
Por isso, por exemplo, que eu digo sempre ao Lucas Chumbo, para a gente pegar leve nessas lajes muito rasas, relata Burle, dizendo que o mais importante não é entrar no mar, é sair do mar e voltar para a casa bem.