A maconha pode aumentar a vontade de se exercitar? Bem, segundo pesquisa publicada no Frontiers in Public Health, há uma forte evidência para crer que sim.
Os pesquisadores entrevistaram 600 usuários adultos que fumam maconha e vivem em estados dos Estados Unidos onde o uso da planta é legal.
São eles: Colorado, Califórnia, Nevada, Oregon e Washington. As questões eram sobre o uso de cannabis e exercícios.
As perguntas abordavam questões relativas ao uso da maconha e a vontade de se exercitar.
Os participantes também responderam se sentiam que seus treinos eram afetados e como achavam que isso influenciava a motivação e a recuperação do exercício.
Maconha pode aumentar a vontade de se exercitar: o resultado
Segundo os resultados, mais de 50% dos usuários de cannabis disseram que a erva os motivam a se exercitar.
Cerca de 80% dos entrevistados também afirmaram que fumam antes ou depois de se exercitar.
Além disso, 70% relataram que o uso de maconha aumentava seu prazer durante os treinos, enquanto quase 80% sentiam que a erva melhorava sua recuperação pós treino.
Porém, apenas cerca de 35% consideraram que ela realmente melhorava seu desempenho nos exercícios.
Contrariando estereótipos
“Há um estereótipo de que o uso de cannabis leva as pessoas a serem preguiçosas e não ativas fisicamente, mas esses dados sugerem que esse não é o caso”, escreveu a autora sênior Angela Bryan, professora do Departamento de Psicologia e Neurociência e Instituto de Ciência Cognitiva, em uma declaração.
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Segundo a coautora do estudo Arielle Gillman, ex-aluna de doutorado na Universidade do Colorado “há evidências que sugerem que certos canabinoides amortecem a percepção da dor, e também sabemos que os receptores ligados à cannabis no cérebro são muito semelhantes aos receptores que são ativados naturalmente durante a atividade física”.
No entanto, os resultados do novo estudo são limitantes por serem autoavaliações de voluntários selecionados e que vivem em estados onde a maconha é legalizada.
“Os estados que legalizaram a cannabis também são aqueles notoriamente mais ativos fisicamente”, afirma a co-autora em um comunicado.