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Yanca Costa vence primeira etapa do Brasileiro em Ubatuba! Vídeo

Yanca Costa foi a campeã da primeira etapa do Circuito Brasileiro de Surf Feminino da Abrasp, neste domingo (19) em Ubatuba
Por Redação HC, via FMA Notícias
Representante da nova geração, a cearense radicada no Rio de Janeiro, Yanca Costa foi a grande vencedora na etapa de abertura do Circuito Brasileiro de Surf Feminino, encerrada domingo (19), na Praia de Itamambuca, em Ubatuba. O campeonato, em seu quinto ano, é uma iniciativa do surfista Wiggolly Dantas, o Guigui, e reuniu mais de 150 meninas, de oito estados e até do Peru, estabelecendo um novo recorde para a categoria, desde as profissionais até as atletas de base do sub10, numa grande celebração em prol da modalidade.
Yanca foi a melhor da categoria pro-adulto e saiu na frente no ranking da Associação Brasileira de Surf Profissional (Abrasp), que oficializa o evento, faturando R$ 4 mil de um total de R$ 15 mil de premiação. Na pro-júnior, outra disputa valendo título nacional, a carioca radicada em São Paulo, Júlia Duarte, foi a primeira colocada, melhorando sua performance em relação a 2018, quando ficou em segundo.
O evento teve três dias, com ondas desafiadoras e pesadas de 1,5 metro, e também contou com disputas na longboard (pranchões), com a carioca Ayllar Citi sendo a melhor; e as categorias de base, tendo como grande destaque Sophia Gonçalves, que é de São Sebastião, e faturou a sub14 e a sub16. Luana Reis, mais um talento da cidade do litoral norte paulista, foi a melhor na sub12, enquanto que na sub10, uma vitória internacional, com a peruana Catalina Zarquiey, que está no Brasil para surfar ondas diferentes de seu país.
“Foi tudo perfeito no final. Foi uma grande dificuldade realizar essa etapa, mas quisemos fortalecer as meninas e tivemos mais de 150 competidoras, show de surf, muita alegria”, vibrou Wiggolly Dantas, agradecendo os patrocinadores, que acreditaram e viabilizaram o encontro em Ubatuba.

Assista aos melhores momentos do campeonato:

Nas ondas, a primeira final no mar foi a sub16, e apesar de ter só 13 anos, Sophia Gonçalves, fez bonito, com a melhor onda da bateria, 5.30, superando as também paulistas Kemily Sampaio, Nairê Marquez e Kamile Soares (estas duas últimas locais). Ela permaneceu no mar junto com Nairê para outra final seguida, da sub14, para mais um primeiro lugar, desta vez com uma vantagem ainda maior, somando um 6,5 e um 6, à frente da baiana Sol Carrion, da catarinense Pamella Mel e Nairê Marquez.
“Estou bem cansada, mas muito feliz. Só tenho de agradecer a Deus porque foi Ele que me levantou. Foi a minha primeira vitória e foram logo duas de uma vez. O campeonato é muito legal, umavibeboa e sempre um grande aprendizado”, vibrou Sophia.
Na sub10, a peruana Catalina mostrou ter mais experiência, sobretudo em sua última onda, uma nota sete, para ratificar sua vitória. A caçula do evento, com apenas sete anos, Carol Bastides, também mostrou futuro certo, terminando em segundo lugar, à frente da catarinense Luiza Teixeira e da revelação local, Maeva Guastalla.
“Vim para competir no Brasil e surfar ondas diferentes do Peru. Foi muito divertido”, vibrou a surfista. “É a primeira vez no Brasil e queremos estar aqui em agosto para a outra etapa”, acrescentou o pai, Júlio.
Na sub12, Luana Reis, acostumada a surfar ondas mais fortes em Maresias, não se intimidou com o mar grande e garantiu as duas melhores notas. A catarinense Alexia Monteiro foi a segundo, com a paranaense Gabriely Vasque em terceiro e a baiana Catarina Lorenzo, em quarto. “Estou muito feliz, sempre vim lutando e nunca consegui uma final e agora consegui vencer. Quero parabenizar o Wiggolly, ele está de parabéns por valorizar o surf feminino”, disse.
Depois, foi a vez dos pranchões no mar, com as atletas enfrentando as ondas grandes. Ayllar Citi abriu com um 5,25, onda que fez a diferença no placar e garantiu a sua vitória, evitando o tricampeonato da paranaense Thiara Mandelli, que tentou até o final reverter o resultado e acabou com o vice dessa vez. A paulista Monique Pontes terminou em terceiro com Mainá Thompson, também do Rio de Janeiro, em quarto.
“Estou super feliz porque foi uma final com mulheres sinistras no longboard, muito experientes, e é muito importante estar aqui e dar meu melhor e se conectando com esse marzão”, destacou Ayllar. “Queria agradecer a família Dantas que está fortalecendo essa corrente do surf feminino, agradecer meus patrocinadores e minha mãe. Com certeza vou voltar na próxima etapa”, reforçou a surfista.
Yanca Costa, a caminho do título (divulgação/Smorigo)
PRO-JÚNIOR– Na pro-júnior, Júlia Duarte surfou à vontade nas ondas grandes. Vice-campeã brasileira da categoria, ela assumiu a ponta na segunda e terceira ondas, com 4,25 e depois 6,80, superando a paulista Rafaella Teixeira que vinha liderando com um 3,25 e um 6,5. “Não venho de bons resultados e essa vitória me deixa muito contente. Para mim, o mar estava bom, porque prefiro assim, gosto de ondas pesadas, não tenho medo”, falou.
“Esse campeonato é muito importante porque é só feminino, focado nas meninas, e assim vai evoluindo a categoria. Quero sempre estar presente e espero ganhar de novo. Vou treinar muito para isso”, complementou Júlia Duarte, que deixou Rafaella em segundo, com a também paulista Yasmin Neves em terceiro e outra carioca, Mariana Areno, em quarto.
Na última e mais importante final do dia, a pro-adulto, Yanca Costa garantiu em sua primeira onda um 4,5, mas Tais Almeida, com duas ondas 3 e 3,9 assumiu a ponta. No último minuto, a cearense arrancou um 6,5 e só soube da virada quando já estava na areia. A atual campeã brasileira e em sua terceira final seguida em Ubatuba, Camila Cássia, foi a terceira, enquanto que a cearense Larissa dos Santos ficou em quarto.
“Eu pensei que seria o dia mais tranquilo, mas foi o pior dia. A correnteza estava superforte, eu não parei de remar um minuto, mas eu tinha uma estratégia e sabia que a onda viria para mim. Estava muito confiante. Treinei muito e quero agradecer o Leandrinho, a Priscila e o Gabriel, que me treinam. Se não fosse por eles não teria conseguido”, comemorou, falando da liderança do Brasileiro. “Esse título é algo que quero muito, estou batalhando há três anos e começar com o pé direito é muito bom”, revelou.
A atleta de 19 anos, que se mudou de Fortaleza para o Rio de Janeiro em 2016, com a família, para investir no surf, busca agora um apoio para seguir firme nos campeonatos. A situação é tão difícil, que ela iniciou uma vaquinha virtual para arrecadar dinheiro para poder viajar. “Eu tenho muitos planos, mas não tenho patrocínio e, às vezes, não dá para executar. Estou com vaquinha para competir, o link está no meu instagram, o @yancacosta_ e vou ficar grata”, completou.  

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