Brasileira Andrea Moller entra no livro dos recordes com maior onda surfada na remada por uma mulher. Kai Lenny, Grant Baker, Justine Dupont e Makua Rothman também são premiados
Por Redação HC
A carioca Andrea Moller conquistou nesta quinta (2) o prêmio de Maior Onda na Remada entregue na cerimônia do Big Wave Award, maior premiação do mundo para o surfe de ondas grandes. A contagem da World Surf League, organizadora do evento, tem validade para o Guinness Book, e a onda de Moller entrará para o livro dos recordes como a maior da história surfada por uma mulher na remada.
Outros nomes premiados na noite foram o havaiano Kai Lenny, o sul-africano Grant “Twiggy” Baker e a francesa Justine Dupont, todos com dois troféus. Além deles, o havaiano Makua Rothman recebeu o prêmio de Pior Vaca do Ano.
A onda surfada por Andrea em Jaws foi medida com 42 pés — cerca de 14 metros de altura — pela organização.
“Não estava esperando por isso nem um pouco, me lembro daquele dia como se fosse ontem”, disse Andrea, que é moradora da ilha de Maui, onde fica a baía de Pe’ahi e a onda de Jaws. “Foi um dos maiores dias em que eu já remei. Estava simplesmente mágico. Eu entrei no mar sem essa expectativa. Gostaria de agradecer à WSL pela igualdade, é uma conquista sensacional, com a qual eles inspiram não apenas surfistas, mas todas as pessoas ao redor do mundo. Enxergar essa igualdade é o jeito certo de seguir em frente”, completou Andrea.
Com o prêmio de Andrea, o Brasil detém os dois recordes feminino de ondas grandes no livro dos recordes — o recorde de maior onda já surfada na história, que inclui ondas surfadas com o auxílio do jet ski, pertence a Maya Gabeira.
Justine Dupont dividiu os holofotes das premiações femininas com Andrea Moller.
Se a brasileira conquistou o prêmio de onda na remada e entrou para o livro dos recordes, Justine ficou com os outros dois troféus: pela Maior Onda Surfada, com uma onda gigantesca completada na Praia do Norte, em Nazaré, Portugal, e pela Melhor Performance da Temporada.
As categorias masculinas concentraram boa parte da polêmica sobre quais ondas deveriam ou não, na visão de certos grupos de surfistas, concorrer ao prêmio de Onda do Ano – em inglês, Ride of the Year, para a onda surfada de maneira mais impressionante, mas não necessariamente maior que as demais.
O prêmio é o mais cobiçado da noite e, pode-se dizer, de toda a classe mundial de surfistas de ondas grandes. Nomes como Albee Layer e Laurie Towner, com ondas incríveis surfadas (e completadas) durante ondulações épicas em Jaws e Fiji, respectivamente, reclamaram abertamente das indicações.
No final, a onda vencedora foi a de Twiggy, em um drop alucinado durante a última etapa do Pe’ahi Challenge, em Jaws, no mesmo dia do tubo de Albee. Twiggy, entretanto, não completa a onda: diferente de Albee, ele é ejetado de sua prancha antes de sair do tubo. Esta mesma onda de Twiggy venceu o prêmio de Maior Onda na Remada entre os homens.
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Também neste mesmo dia, Kai Lenny surfou, com ajuda do jet-ski, o que viria a ser premiado, na noite de quinta, como a Maior Onda do Ano.
As impressionantes atuações de Lenny, não só neste dia, em Jaws, mas também em todo o restante da temporada, renderam-lhe o prêmio de Melhor Performance da Temporada, que na última edição havia sido entregue ao brasileiro Lucas Chumbo.