DA FREAK VOLTOU! Após derrotar o australiano Bede Durbidge na final do Quiksilver Pro France nesta quinta-feira (15), o brasileiro Gabriel Medina consagrou-se o campeão do Quiksilver Pro France. Já eram 14 meses sem vencer uma etapa, a última foi no ano passado no Tahiti. Essa foi a sua primeira vitória em 2015.
Com a conquista, o brasileiro salta da 7ª para a 5ª posição no ranking do World Tour. E com 40.650 pontos, ainda tem chances de buscar o bicampeonato mundial nas duas disputas finais do Mundial – em Peniche, Portugal, e Pipeline, no Hawaii.
A missão não é simples, para Medina arrematar o caneco do WT, terá de vencer as duas etapas seguintes e torcer por deslizes do atual líder do ranking, Mick Fanning (49.900 pontos), e do vice, Adriano de Souza (49.450); este que está na cola de Fanning em busca de outro título mundial para o Brasil.
O CONFRONTO FINAL
Medina literalmente passeou na final contra o Bede Durbidge. O brasileiro dominou a bateria do começo ao fim, e deixou o australiano em “Kombi”. A largada foi forte com uma nota 8, após pegar uma direita e emplacar uma paulada e outra sequência de rasgadas com pressão. Poucos minutos depois, Medina se lançou em mais uma direita; atacou os pontos críticos da onda com precisão para ganhar 6,50 e somar 14,50 pontos, contra nenhum de Bede; que abatido boiava no outside.
Durbidge, que tinha vencido Julian Wilson na semifinal, esperou até os 14 minutos finais para reagir com inexpressivos 3.90 pontos, e perdeu o timing. Já Medina muito dinâmico não pisou no freio, pegou uma onda excelente e martelou até o final para somar 9 pontos, sua maior nota na bateria, e aumentar seu somatório para 17 pontos, contra apenas 8,57 de Bede (que havia somado 4,67 em sua última onda).
O veterano de 32 anos ainda tentou reagir. Pegou mais uma onda e somou 4,77. Mas Gabriel esnobou; no minuto final da bateria pegou outra onda boa e acelerou, se lançou em um aéreo reverse absurdo – na cara do Bede que voltava remando – para arrancar 8,50 dos juízes e sacramentar vitória pelo placar final de 17.50 contra 9.44 pontos.
“Estou muito feliz por estar de volta ao pódio e especialmente com uma vitória”, disse Gabriel Medina. “Estou feliz também por ter sido aqui na França, porque tenho boas lembranças. Foi onde eu apareci para o mundo como grommet e onde ganhei meu primeiro WCT. Eu tenho treinado duro e tinha prometido a mim mesmo que iria vencer um evento esse ano para dedicar ao meu avô, que faleceu no mês passado”, completou emocionado entre algumas lágrimas. Clique aqui e assista ao heat recap.
Assista abaixo ao depoimento do atleta após a final:
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MEDINA x MINEIRO ; e pancada em John Florence
Adriano de Souza podia ter saído da França como líder do Mundial e retomar o posto que foi dele durante maior parte do ano. Mineiro surfou muito durante todo o evento, mas acabou barrado nas semis pelo compatriota Medina, que sairia como campeão da etapa.
Mineiro liderou boa parte do confronto, até Gabriel virar a disputa de maneira espetacular a 8 minutos do término. “DE Souza” liderava com 6,83 e 4,17, contra 5,67 e 3,83 de Medina, e Gabriel achou a direita de ouro. Completou um tubaço seguido por quatro ataques agressivos ao lip, que lhe rendeu a segunda nota 10 na competição – e o passaporte para a final; com 15,67 contra 12,50 pontos de Mineiro.
Essa foi a primeira vitória de Gabriel Medina contra o “Minas” em disputa do WT, e agora o placar entre os dois está em 7 x 1, para Adriano.
Vale ressaltar que antes, nas quartas, Medina vencera o super heat contra John John Florence, com placar 14,43 x 13,10. Essa é mais uma vitória do Gabriel sobre o havaiano, que virou freguês do brasileiro.
OS BRASILEIROS NA ETAPA
Depois do Brasil e da Califórnia, a perna europeia parecia ser outra casa brasileira no World Tour; com a nação muito bem representada por Medina e Mineiro.
Ítalo Ferreira caiu nas quartas para Julian Wilson, que dominou praticamente todo o confronto e arrematou a vitória com 8 e 9 pontos contra 5.67 e 3.33 de Ítalo. Com o resultado, Ítalo entra na disputa direta pelo título de “Rookie Of The Year” de 2015 – o melhor estreante.
Jadson André, vice-campeão da etapa no ano passado, foi barrado no Round 5 por Ítalo Ferreira; e Tomas Hermes despediu-se no Round 3 após perder para Adriano de Souza.
O Round 2 foi cruel para os brazucas, tirou da disputa o favorito Filipe Toledo, que não achou as ondas contra o francês Maxime Huscenot.
Wiggolly Dantas, Miguel Pupo, Caio Ibelli e Alejo Muniz (por contusão), também não passaram dessa rodada.
NEXT GAME
A próxima e penúltima parada do WT acontece em Peniche, em Portugal, com janela de 20 a 31 de outubro. A derradeira etapa terá palco em Pipeline, entre os dias 8 e 20 de dezembro.
Assista aos highlights desta quinta-feira na França:
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