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WSL: incertezas sobre o Tour 2021 aumentam após cancelamentos de G-Land e Fernando de Noronha

Após o cancelamento das etapas de Sunset Beach e do Volcom Pro, em Pipeline, mais competições da WSL foram canceladas devido à nova onda da pandemia de Covid-19.

G-Land, na Indonésia, cuja volta ao tour, após 25 anos de ausência, aconteceria em 2020, que acabou sendo cancelado devido ao novo coronavirus, retornaria ao CT da WSL dentro do novo formato competitivo para o tour de 2021.

No entanto, entidade retirou a etapa do calendário de provas no seu site sem dar mais explicações, até o momento, para além do “canceled”.

“Todas as etapas e datas estão sujeitas a alterações devido às restrições aplicáveis relacionadas ao COVID-19, incluindo restrições globais de viagens”, diz o aviso que abre a mesma página do site da WSl onde consta o calendário de provas deste ano.

Para os surfistas da América Latina, talvez o cancelamento mais sentido seja o do Hang Loose Pro, em Fernando de Noronha, que seria realizado entre os dias 9 e 14 de fevereiro.

A etapa valia pontos apenas para o ranking regional da WSL Latin America, de acordo com o novo formato anunciado no final de 2020, em que os atletas competem no seu tour regional do QS na esperança de se classificarem para a Challenger Series e, por fim, para o Championship Tour.

“Estamos passando por um momento único da humanidade e todos estamos aprendendo a lidar com um novo inimigo. Mesmo bem estruturada, a WSL está tendo que lidar com muitas dificuldades. Apesar de conseguirem um protocolo eficiente na água e no palanque, a aglomeração de público na areia complica a situação”, disse Alfio Lagnado, criador do evento e proprietário da Hang Loose.

Tour 2021 WSL
Edição do Hang Loose Pro Contest realizada em fevereiro de 2020. Foto: Daniel Smorigo

Alfio explica que as dificuldades operacionais foram agravadas pela distância do arquipélago ao continente e por contar com um hospital pequeno e com limitações.

Além dos cancelamentos de eventos emblemáticos como G-Land, Noronha e Pipe, mais duas competições importantes estão “penduradas” sob o status de “adiado”.

São elas as etapas de Santa Cruz, na Califórnia e a de Portugal.

Para o jornalista Nick Carroll, apesar da pandemia estar controlada na Austrália, as barreiras impostas pelos rígidos protocolos de segurança para a entrada no país serão um entrave a ser considerado:

“Você não pode entrar na Austrália – ninguém pode – sem passar por uma quarentena de 14 dias em um hotel autorizado pelo governo a um custo mínimo de $ 3.000. A única maneira de sair da quarentena são dois testes negativos ao longo de 14 dias.

Todos que estiverem viajando para a Austrália terão que fazer isso. São todos os surfistas profissionais, além de toda a equipe do evento, etc.”, explicou o Carroll em coluna assinada no site Surfline.

South Straddie, Austrália.
A rígida política de combate à pandemia na Austrália impõe um desafio à logística de eventos como os da WSL. Foto: Andrew Shield

Além disso, a Austrália também adota uma política de isolamento de uma determinada região sempre que um possível novo surto de Covid-19 é detectado.

Dessa forma, competidores e staff da WSL correm o risco de ficarem “presos” em uma região do país, sem poder sair de lá por um tempo indeterminado, caso uma situação dessas aconteça.

Outro ponto a ser considerado é a impossibilidade da realização de um Tour em “bolhas de segurança”, como fizeram a NBL e ATP, pois não há como evitar aglomerações em uma praia inteira, vide o que aconteceu em Pipeline, para além da área demarcada do evento.

É um dilema complexo, mas que tem que ser encardo pela WSL e todos os fãs do Tour mundial.

Até o momento, o CT já foi reduzido a sete eventos confirmados ao mesmo tempo em que boa parte dos eventos do QS apresentam o curioso status de “Tentative”.

Mas que fique claro: todos reconhecem o tremendo esforço que a WSL está empregando para manter vivo seu calendário este ano. Contudo, se a Austrália não funcionar, ainda assim será viável a conclusão de um campeonato mundial em 2021? Fica a reflexão.

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