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Aparição de tubarão em J-Bay: reação não demonstra tanto medo como se esperaria

Na semana passada, abordamos em um texto a presença constante de tubarões em J-Bay, enfatizando que é impossível dissociar esse icônico destino do surf da imagem desses magníficos predadores. Poucos dias depois, durante os treinamentos para a etapa do mundial, alguns surfistas da elite tiveram um encontro inesperado com um deles. Entre eles estavam o australiano Jack Robinson, o havaiano-brasileiro Ian Gentil e o surfista indonésio Rio Waida.

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Jack Robinson viralizou ao compartilhar um post no Instagram com duas fotos impressionantes. A primeira imagem, feita no sábado (15/07) de treino, mostra Jack no outside de J-Bay, com um tubarão bem ao seu lado, enquanto a segunda retrata Ian Gentil surfando uma onda praticamente em cima do tubarão. Essa publicação despertou grande interesse nas redes sociais, tornando-se pauta nos principais sites noticiosos brasileiros.

Além disso, Nathan Florence, irmão do bicampeão mundial de surf John John, também compartilhou um vídeo capturado por drone do momento do encontro com o tubarão e escreveu na legenda:

“Alguns surfistas vieram da parte de baixo da onda e disseram que viram um grande tubarão branco bem de perto, o suficiente para verem seus olhos! Pedimos ao Zoard [filmmaker] para lançar o drone e verificar se conseguíamos avistá-lo. Certamente, o tubarão estava nadando na direção da onda! Tentamos alertar o Rio Waida com o drone, avisando que o tubarão estava se aproximando dele, e chamamos as pessoas na praia para informar os surfistas de que o tubarão estava passando pelo lineup! No final, tudo correu bem, todos saíram da água e o tubarão simplesmente seguiu seu caminho pela costa! Foi uma experiência incrível de se assistir. Sabemos que estamos brincando em seu habitat, mas ver como eles se aproximam de maneira tranquila e imperceptível é algo selvagem! O Ian Gentil até jogou água no tubarão”.

Após o incidente sofrido por Mick Fanning em 2015, fica evidente que a etapa de J-Bay sempre acontece em uma atmosfera de temor de que algo semelhante – ou pior – possa se acontecer. No entanto, contrariando as expectativas, a reação nas redes sociais não foi de um medo generalizado. Muitos surfistas minimizaram a ocorrência do tubarão durante o treino, justificando que esses predadores são uma presença absolutamente natural em J-Bay e que não representam uma ameaça tão iminente.

Diversos comentários foram deixados nas postagens, refletindo diferentes perspectivas. Bethany Hamilton, surfista havaiana que superou a perda de um braço em um ataque de tubarão, comentou de forma descontraída: “Não sou particularmente paranóica como vocês podem pensar, mas nunca tive vontade de surfar em J-Bay”.

Shaun Tomson, lendário surfista sul-africano campeão mundial, ressaltou as mudanças ocorridas ao afirmar: “Passei muitas sessões solitárias ao amanhecer em Supers no passado sem nunca pensar em tubarões. Agora, as coisas são diferentes…”.

Owen Wright, medalhista de bronze nas Olimpíadas de Tóquio e uma lenda do surf, reagiu com surpresa e humor, afirmando: “Isso é J-Bay”.

O shaper Matt Biolos acrescentou: “Quase todos os dias em Trestles também”. Já o lendário surfista brasileiro Raoni Monteiro mencionou de forma descontraída: “Normal na África”.

Essas reações nas redes sociais, expressas por renomados nomes do surf, indicam que, desta vez, não houve uma comoção geral de medo. No entanto, é importante lembrar que embora não tenha ocorrido nenhum incidente prejudicial, é preciso reconhecer que a presença de tubarão em J-Bay – e, infelizmente, até mesmo ataques – é uma realidade que não pode ser ignorada.

Continuaremos torcendo para que todos os surfistas estejam seguros e para que nenhum incidente grave ocorra. Mas é claro que só torcer não basta. A preservação da segurança e o constante monitoramento da área são essenciais para minimizar os riscos e garantir a proteção de todos os envolvidos nesse incrível espetáculo do surf.

J-Bay é um lugar único, onde a emoção e a natureza se encontram, e nosso desejo é que essa combinação seja sempre uma experiência positiva para os surfistas de classe mundial que competem nessa renomada etapa do Mundial da WSL.

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