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Torre para as Olimpíadas de Paris 2024 é finalizada em Teahupoo

A polêmica torre de alumínio de três andares para os juízes das Olimpíadas de Paris 2024 foi finalizada em Teahupoo, no Taiti, pico da disputa de surf. A construção gerou muita discussão entre a população local preocupada com o impacto ambiental no famoso reef.

A filmagem aérea da torre recém-construída foi divulgada pelo fotógrafo de surf australiano, Tim McKenna, conhecido por seu extenso trabalho documentando a região de Teahupoo ao longo dos anos. McKenna compartilhou suas observações sobre a nova estrutura em suas redes sociais.

Na legenda da publicação, o fotógrafo descreveu a torre como “elegante” e observou que a onda de Teahupoo permanece “tão perfeita como sempre esteve”. Ele também mencionou que, apesar da construção, o coral sofreu “danos mínimos” após a marcação de um canal na lagoa para facilitar o acesso dos barcos de construção e que o visual moderno da torre permite a possibilidade de sediar eventos de surf nos próximos 20 anos.

Abaixo, a tradução da legenda de Tim:

“A nova torre está erguida. A onda está tão perfeita como sempre esteve.
O coral sofreu danos mínimos depois que um canal foi marcado na lagoa para que os barcos de construção pudessem acessar facilmente.
Levará algum tempo para ver se a Ciguatera [intoxicação alimentar que ocorre após o consumo de peixes contaminados por toxinas produzidas por certas espécies de algas marinha] aumentou drasticamente em certos peixes que vivem nessa área específica da lagoa. Enquanto isso, a construção de alumínio parece muito elegante e foi montada mais rápido do que o esperado.
O Taiti agora possui uma torre de julgamento de última geração para os próximos 20 anos de eventos de surf na #endoftheroad. Ainda será desmontada e reconstruída todos os anos, como a anterior.
A vila de Teahupoo e toda a população estão prontas para torcer pelos surfistas locais Vahine Fierro e kauli Vaast para conquistar o ouro neste julho em @paris2024.”

Nos comentários do post, porém, a discussão continua acalorada. Internautas questionam se o impacto ambiental foi realmente mínimo, como afirma McKenna. Alguns moradores locais relatam destruição de corais durante a obra.

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“Mínimo?! Fui perseguido pela guarda francesa quando os caras estavam destruindo corais com uma britadeira… Eu realmente espero que não haja nenhuma consequência!”, contestou um seguidor.

O próprio Tim McKenna tenta defender seu ponto de vista nos comentários. “Comparei isso ao que acontece repentinamente com os corais com o retorno das taramea [uma espécie de ouriço-do-mar] ou o branqueamento devido ao aquecimento global?”, disse McKenna sugerindo que, em comparação com esses eventos naturais prejudiciais, os danos causados pela construção da torre podem ser percebidos como mínimos.

Diante dessas opiniões divergentes e das preocupações locais, surge a questão: será que a construção da torre de alumínio em Teahupoo foi realmente uma boa solução? Essa é uma questão que continua a ser debatida entre os envolvidos, enquanto a comunidade local aguarda para ver os resultados a longo prazo dessa decisão.

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