Testes sísmicos autorizados pela Autoridade Nacional de Petróleo (NOPSEMA), na Austrália, levaram um grupo de surfistas e ativistas ambientais a realizarem uma remada de protesto nas águas de Corio Bay.
A acão foi organizada após a aprovação do projeto de testes sísmicos em King’s Island, Tasamânia, na semana passada, apesar da oposição de várias comunidades locais.
Belinda Baggs, uma das surfistas e ativistas presentes no protesto, acusa a NOPSEMA de ser “apenas mais um braço da indústria do petróleo”.
Veja também:
+ Mulher é eleita CEO da Rip Curl pela primeira vez
+ Matahi Drollet teria surfado com sucesso a maior onda da história em Teahupoo
+ Drone registra imagens do Nias mais perfeito dos últimos anos
Baggs explica que a indústria do petróleo destrói os oceanos e “Aumenta as emissões que precisamos reduzir drasticamente”. Segundo relatado pela surfista, as reuniões, petições e restantes tentativas formais de comunicar esta preocupação não tiveram qualquer resultado.
“Cansados de ser ignorados”, Baggs e outros surfistas remaram no ato intitulado “Remando pelos oceanos, pela vida marinha, e pelo futuro das crianças”.
No dia seguinte ao protesto, mais um grupo de ativistas e locais se juntaram no porto, numa ação organizada pela ONG ambientalista OCEAN.
Um dos manifestantes foi o pescador de lagostas Travis Barker, que afirma que o seu sector tem sido muito afectado na última década. “Não se importam com o que destroem”, lamenta Barker.
Durante o protesto, alguns ativistas subiram em um barco no porto, e outros acorrentaram-se aos portões. Três foram presos.
Através deste link, pode-se enviar um e-mail para Ryan Lace, CEO da ConocoPhillips.
Sobre os testes sísmicos
Testes sísmicos são terremotos induzidos, e são a primeira etapa no processo de localização e extração de gás e petróleo debaixo do solo do oceano.
Segundo Lisa Deppeler, da OCEAN, estes testes “matam, danificam e perturbam uma grande variedade de criaturas marinhas, incluindo baleias”.