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Surfista profissional relata injustiça no Circuito Brasileiro de Surf; entenda

O CBSurf PRO Maresia Maceió 2022, evento que é válido pelo Circuito Brasileiro Profissional, começou no Pontal da Barra, em Alagoas, na última segunda-feira (6).

Em meio ao feliz momento de retorno da competição, com número histórico de inscritos e recorde de premiação, uma outra situação – nada positiva – acabou por prejudicar alguns atletas da 14ª bateria do Round 3, que aconteceu na quarta-feira, dia 8.

O surfista profissional Igor Moraes, local da praia de Maresias, em São Sebastião (SP), relatou nas suas redes sociais o ocorrido. Segundo ele, a sua bateria foi para água por volta de 17h13 e acabou por volta das 17h33. Minutos depois do início da disputa, a condição de visibilidade, causada pelo fim da luz do dia, impediu a performance dos atletas.

“Eu tinha acabado de sair da bateria e deu pra ver nos meus vídeos que a visibilidade estava horrível. Imagina para gente dentro da água”, explicou ele nos stories. “Várias ondas que vieram em cima de mim eu tomei na cabeça, porque achava que dava para ir. Então foi muito prejudicial para a performance e eu entendo que quem passou a bateria não vai falar nada, mas eles [da organização] sabem que todo mundo na bateria foi prejudicado”.

Após a disputa, o surfista falou com o head judge que, segundo ele, assumiu a situação, mas informou que na câmera dos juizes estava um pouco mais claro e não atrapalhava para o julgamento. “Ele assumiu o erro, falou que a bateria não deveria ter ido para a água, mas que não poderia voltar atrás”, contou Igor. “Hoje [dia seguinte da bateria] eu também falei com um comentarista e ele disse que a bateria não ia para a água e de última hora eles decidiram colocar”, complementou em conversa com a Hardcore.

Para esclarecer o relato com o head judge, a Hardcore também tentou contactar a CBSurf, mas não obteve resposta.

Situação recorrente

Situações como essa, entretanto, não são raras no universo das competições de surf no Brasil. “O head judge falou que é ex-surfista profissional e que isso já aconteceu com ele”. disse Igor sobre a conversa que teve com o responsável pela sua bateria. “Eu fiquei me perguntando: Se isso já aconteceu com ele, por que ele deixou acontecer com outras pessoas no evento que ele está comandando de head judge e a decisão é dele. Mas enfim, não quero julgar ninguém”, finalizou ele.

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Ainda sobre o assunto, ao ser questionado sobre a frequência desse tipo de situação, o surfista deu seu parecer. “Não foi a primeira vez, isso já aconteceu outras vezes comigo e com outros atletas. É uma coisa que não é rara de rolar, é com frequência e é bem possível que, em algum momento da carreira, cada um dos competidores já enfrentou a mesma situação”, contou Igor.

Desafios de surfista profissional

Quem acompanha de perto a rotina de algum surfista profissional brasileiro, sabe que a realidade é extremamente desafiadora. Em meio a ampla concorrência, baixas premiações e alto custo da profissão, muitos atletas talentosos, que não tem patrocínio de bico, precisam se desdobrar em outros trabalhos para sustentar a própria carreira.

Esse é o caso do atleta de Maresias. “Eu trabalho muito para estar aqui, eu não tenho patrocínio de bico, então só quem está do lado no dia a dia sabe o quanto a gente se esforça para chegar aqui. Eu dou aula de surf, eu alugo stand up, eu tiro foto, filmo. Eu trabalho em diversas coisas para poder estar aqui e acontece isso, sabe? Eu fiquei muito triste com o que aconteceu”, desabafa Igor.

Mesmo com todo esse imprevisto, o atleta segue animado para as próximas etapas do Circuito Brasileiro de Surf. “A minha cabeça já está no próximo evento. O foco está lá e isso aqui foi só um detalhe no meio do caminho”, finalizou ele.

 

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