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Surfista judeu lança luz sobre anti-semitismo em documentário

“Waves Apart” confronta uma história obscura e não contada do nosso esporte de um surfista judeu, Josh Greene, diretor do filme, que detalha sua trajetória no surf e os desafios que enfrentou por ser um judeu no esporte em que ele imaginava estar livre de filosofias de ódio.

“Aos 13 anos, me apaixonei tanto pelo oceano quanto pelo cinema. Até fiz meu Bar Mitzvah em um museu do surf e ganhei uma câmera de vídeo de presente. Dez anos depois, estou prestes a estrear um documentário sobre o antissemitismo no surf,” conta Green no trailer abaixo.

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Segundo Greene, o oceano foi um lugar de refúgio quando mais precisou.

“Enfrentei muita intimidação em terra, que frequentemente culminava em retórica anti-semita. Na época, eu era muito magro e pouco atlético, o que me expôs a estereótipos mais odiosos.”

Para ele, ter descoberto o surf foi uma oportunidade de assimilar a cultura de praia californiana.

“Isso me deu confiança, força física e a oportunidade de criar meu próprio nicho. Mas, à medida que envelheci, toda a minha perspectiva começou a mudar.”

Greene conta que quando comemorou seu Bar Mitzvah no Surfing Heritage and Cultural Center, apenas anos depois ele soube que a prancha Swastika Model havia sido retirada do local por respeito durante a comemoração.

“Ao saber disso, comecei a pensar em alguns dos antigos filmes de surf que assisti enquanto crescia, como aquele em que os surfistas em La Jolla se vestiam como nazistas e agitavam bandeiras com suásticas na praia para “diversão”. Embora visto como uma grande piada na época, foi chocante descobrir que os judeus eram simultaneamente desencorajados a comprar casas em La Jolla.”

Como aspirante a cineasta, mudou-se para Los Angeles e frequentou a Escola de Artes Cinematográficas da University of Southern California.

Começou a surfar em Malibu e aprendeu mais sobre Miki Dora. “Durante minha adolescência, eu o considerava um dos meus heróis do surfe do passado; assim que soube de seu vigilantismo neonazista, isso me forçou a procurar novos heróis.”

Dirigiu Waves Apart como projeto de tese de documentário na USC. “Durante o processo de filmagem, fiquei surpreso ao descobrir que o surf tinha um elenco profundo de heróis judeus.”

 

Ele conta que conheceu Israel “Izzy” Paskowitz, um dos filhos de Dorian “Doc” Paskowitz.

“Izzy me contou sobre encontrar alguém na água que tinha uma suástica pintada com spray em sua prancha de surfe. Indignado com tal fanatismo, seu pai confrontou o homem e destruiu sua prancha.”

Também conheceu o sul-africano Shaun Tomson, campeão mundial de surfe em 1977, que revolucionou o surfe de tubo.

“Shaun teve um Bar Mitzvah quando ele também tinha 13 anos. Seu presente de Bar Mitzvah foi uma viagem para surfar no Havaí. No filme, Shaun fala sobre como exigiu tanto o surf quanto suas raízes judaicas para superar a perda, e que em todas as nossas vidas, todos nós possuímos o poder de buscar a luz sobre a escuridão, um tema importante do filme.”

Como qualquer outro esporte, o surf possui seus próprios aspectos de escuridão, pontua Greene.

“Ao contar esta história, esperamos confrontar a escuridão com a luz e continuar levando nosso passatempo favorito para uma direção mais positiva e inclusiva. Agora estou ansioso para ver onde minhas duas paixões, surf e cinema, me levarão.”

No 49º Annual Student Academy Awards®, “Waves Apart” foi reconhecido como finalista na categoria de documentário. E está programado para ter sua estreia global no Santa Barbara International Film Festival (SBIFF), aonde será exibido na quinta-feira, 16 de fevereiro, e sábado, 18 de fevereiro.

A lista completa de filmes e informações sobre passes podem ser encontradas no site do SBIFF.

Fonte: TheInertia.com

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