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Surfista atacada por javali dentro da água no Havaí conta sua história

Imagine que você é um surfista em Oahu, Havaí, e entre uma onda e outra, de repente se depara com um javali que te enfrenta e arranca pedaços da sua prancha?

Essa é uma das histórias de Ingrid Seiple, que recentemente contou ao The Guardian detalhes sobre esse incidente que viveu, explicando como tudo aconteceu; por que o javali estava a 200 metros no mar e o que o levou a ficar tão raivoso.

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Confira um trecho:

“Estava no meio do surf, então vi algo flutuando em minha direção. Eu me perguntei se era uma foca, mas parecia dura. De repente, ele levantou a cabeça para fora da água. Fiquei cara a cara com um javali, a apenas 1,5 metros de mim. Ele estava chocado – e eu também. Tinha o rosto ensanguentado como se tivesse sido atacado, o focinho mais comprido, com presas como um mastodonte bebê, e um olhar de desespero. Eu estava com medo e, mais do que isso, surpresa. O que ele estava fazendo aqui?

Ele começou a remar em minha direção com todas as suas forças. Eu me virei para remar, mas seu rosto estava no meu pé. Saí da prancha e a coloquei entre nós como uma barreira de segurança. Ele se levantou e arrancou um pedaço da prancha com os dentes. Nadei debaixo d’água na outra direção e, quando emergi a 3 metros de distância, percebi que havia rompido a carcaça de fibra de vidro da prancha e esmagado a espuma. Havia uma marca de mordida gigante. Isso poderia ter sido eu.

A última vez que vi o javali foi nadando para o mar, mas ainda precisava sair da água porque o sangue de seu rosto poderia convidar um frenesi de alimentação de animais maiores. Remei até a praia, onde descobri seus rastros junto aos rastros de cães de caça. Parecia ter sido perseguido no oceano. Meu amigo disse que foi a única vez que ele me viu com medo.”

Ingrid explicou que este não era seu momento mais assustador no oceano. Na verdade, ao longo de sua vida, Ingrid lidou com uma variedade surpreendentemente de criaturas marinhas violentas.

“Três anos atrás, enquanto nadava na ilha de Namotu, em Fiji, fui picada por uma água-viva Irukandji,” explicou ela. “Esta é uma das criaturas mais mortais do oceano, com veneno 100 vezes mais forte que uma cobra. Tive que arrancar seus tentáculos do meu rosto e fui levada ao hospital de helicóptero. Em 2000, fui picada por uma arraia no México e, em 2002, desviei de uma cobra marinha venenosa na Costa Rica.”

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