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Surf na Olimpíadas: a batalha pela classificação e as esperanças brasileiras

Depois da estreia nos Jogos Olímpicos em Tóquio 2020, crescem as expectativas para ver novamente o surf nas Olimpíadas, desta vez, em Paris 2024.

O Brasil chega defendendo o ouro, já que o potiguar Italo Ferreira, também campeão mundial, é o primeiro surfista a conquistar o mais alto lugar no pódio olímpico.

Foto: arquivo Italo Ferreira - Página oficial do campeão mundial e olímpico | IF15 Sports
Italo Ferreira, o primeiro campeão olímpico, na Tóquio 2020, que marcou estreia do surf nas Olimpíadas. Foto: reprodução

Com exceção da brasileira Tatiana Weston-Webb, as vagas verdes e amarelas ainda estão indefinidas e a disputa ganhou novo capítulo após a vitória de Gabriel Medina na etapa de Margaret River.

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A vaga de Tatiana Weston-Webb veio por meio da Liga Mundial de Surfe, em 2023: as top 8 femininas recebem cotas nominais e diretas para os Jogos Olímpicos.

E mesmo que só cinco etapas do circuito mundial da WSL de 2023 tenham acontecido até o momento, a ISA afirma que Weston-Webb e mais três atletas estão matematicamente garantidas nas top 8 elegíveis ao final da temporada e que portanto já garantiram a classificação Olímpica.

Onda de Teahupo’o sedia o surf nas próximas Olimpíadas – Paris 2024. Foto: reprodução / arquivo

Todas as vagas são consideradas provisórias até o último evento de classificação, os Jogos Mundiais da ISA 2024.

O surf nas Olimpíadas

Em Paris 2024, 48 surfistas disputarão medalha, sendo 24 no feminino e 24 no masculino,
número que representa oito a mais do que o total de surfistas que competiram na Tóquio 2020.

Cada Comitê Olímpico Nacional (CON) poderá ter, no máximo, quatro representantes, sendo dois em cada gênero.

+ Surf nas Olimpíadas: três especialistas trazem seus insights

O número pode aumentar para três (por gênero), caso a equipe nacional vença os Jogos Mundiais de Surfe da ISA (sigla em inglês para Associação Internacional de Surfe) de 2022 ou 2024.

As vagas nominalmente alocadas para atletas podem ser conquistadas em quatro oportunidades:

  • 10 vagas: Liga Mundial de Surfe (WSL) de 2023
  • 5 vagas: Jogos Mundiais de Surfe da ISA 2023/Jogos Pan-Americanos 2023
  • 5 vagas: Jogos Mundiais de Surfe da ISA 2024

Já as vagas alocadas para Comitês Olímpicos Nacional (que depois elegem o atleta que irá ocupar a vaga) podem ser conquistadas em duas oportunidades:

  • 1 vaga: Jogos Mundiais de Surfe da ISA 2024
  • 1 vaga: Jogos Mundiais de Surfe da ISA 2022 (Japão venceu no masculino e EUA no feminino)


    Sistema de classificação do surf nas Olimpíadas – Paris 2024 

    No masculino, 10 vagas estão em jogo por meio do ranking da WSL, sendo que cada país pode credenciar no máximo dois atletas por meio deste critério.

    Ou seja: se o Brasil tiver três surfistas entre os 10 primeiros do ranking da WSL, apenas os dois melhores se garantem nos Jogos Olímpicos.

    Levando isso em consideração, o Brasil tem, pelo menos, três atletas na disputa no momento.

  • Filipe Toledo
    Filipe Toledo está focado no bimundial – e também no ouro do surf nas Olimpíadas, como ele já disse algumas vezes. Foto: arquivo

Atualmente, João Chianca, o Chumbinho, lidera o ranking, com 28,255 pontos, seguido de Filipe Toledo, com 25,575.

Com a vitória em Margaret River, Gabriel Medina ganhou quatro posições e agora ocupa a 7ª colocação, com 19,960 pontos.

Yago Dora está na nona posição, com 16,045 pontos, enquanto o atual campeão olímpico, é apenas o 16º colocado, com 11,290 pontos.

Se a classificação olímpica fosse definida hoje (maio de 2023), Chumbinho e Filipinho estariam classificados.

No entanto, ainda restam cinco etapas da WSL e a etapa final (disputada pelos cinco melhores ranqueados) para serem disputadas este ano.

Com a conquista na última etapa, Medina vai embalado para o restante da temporada e pode acirrar a briga pela vaga olímpica com seus compatriotas e gringos.

A próxima disputa será o Surf Ranch Pro, que acontece nos dias 27 e 28 de maio, na piscina de ondas de Kelly Slater, em Lemoore, na Califórnia.

Lembrando que nas três edições realizadas até hoje, Gabriel Medina venceu duas e Filipe Toledo, uma.

 

Gabriel Medina segura a bandeira do Brasil
Não é segredo que Gabriel Medina quer um título olímpico.

ISA Games pode dar mais uma vaga pro Brasil

Além da possibilidade de classificar dois surfistas no masculino por meio do ranking da WSL, o Brasil pode levar mais um atleta para a disputa do surfe olímpico masculino.

Para isso, o Brasil precisa ser o Comitê Olímpico Nacional (CON) melhor colocado nos Jogos Mundiais de Surfe da ISA 2024.

Nesse caso, mesmo que o CON já tenha dois atletas classificados para Paris 2024 (pelo ranking), será permitido que a entidade inscreva um terceiro atleta para a disputa. O surfista será escolhido de acordo com critérios do CON.

Surf nas Olimpíadas: outras possibilidades de classificação para a Paris 2024

Outras vagas ainda serão distribuídas, no caso das Américas, para o vencedor dos Jogos Pan-Americanos Santiago 2023 e os cinco melhores do ISA Games 2024.

Mas, essas vagas só serão utilizadas caso o país ainda não tenha dois classificados.
Ou seja, caso um Comitê Olímpico Nacional ultrapassar o número de atletas permitido para a disputa de Paris 2024, a vaga dos Jogos Mundiais de Surfe da ISA 2024 ou dos Jogos Pan-americanos Santiago 2023 será realocada para o próximo surfista melhor colocado do continente e evento em questão.

Esta alternativa, no entanto, é muito remota para o Brasil, já que o país deve ter dois classificados por meio do ranking mundial.

Mais informações aqui.

* Com informações de olympics.com

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