Vinte e dois de abril de 2020. Dia da Terra. E Kelly Slater, em isolamento em Surfer’s Paradise, na Gold Coast, Austrália, acaba de fazer uma pergunta no que se refere à atual pandemia de coronavírus:
“Você acha que usamos e desrespeitamos a Terra o suficiente ou seguimos na velocidade em que nos acostumamos?”
Provocador, não?
Desde que ele perguntou, como apontou o site Beachgrit, acho que todos nós provavelmente já usamos e desrespeitamos a Terra o suficiente, mas ele não perguntou se devemos continuar.
Será que ele perguntou, leitor, se eu e você, por exemplo, achamos que os surfistas podem seguir desfrutando de mais ondas geradas por máquinas, super relógios vendidos por cerca de US $ 7 mil no varejo, quilhas FCS removíveis, e SharkBanz que não funcionam e são jogados em aterros sanitários junto com suas baterias de íon de lítio etc?
Em suma, o exagero do consumo, mas, será que todo consumo é igual? E vamos repensar a questão de Kelly Slater, como Aristóteles: “Como devemos viver?” Talvez unindo unindo a estética com a ética através da fé, como respondeu o grande pensador dinamarquês Søren Kierkegaard.
E aí, leitor, “Você acha que usamos e desrespeitamos a Terra o suficiente ou seguimos na velocidade em que nos acostumamos?”
Fica a reflexão.
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