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Sinistras! 3 mães-surfistas e suas histórias de superação

O próximo domingo, 8 de maio, é o dia das mães. A data é uma oportunidade para enaltecer a luta e a força daquelas mulheres que se desdobram em mil para dar conta da jornada materna, além de todos os outros desafios da vida adulta. De fato, essas mulheres são guerreiras e inspiradoras.

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Mas a verdade é que existe uma enorme romantização em cima do papel de mãe. Isso porque muito se fala da ‘garra’ dessas mulheres, mas pouco se fala do quanto elas também precisam descansar – inclusive da ‘missão mamãe’. E o outside pode ser um excelente lugar para isso!

Pensando nisso, relembramos um pouco da trajetória de 3 mães-surfistas que superaram desafios enormes durante a vida e a maternidade.

E para todas as mamães desejamos mais reconhecimento e momentos de lazer. Parabéns!

Conheça mais sobre a história dessas 3 mães-surfistas:

Bethany Hamilton

Não tem como não abrir essa lista com Bethany Hamilton. Talvez um dos seres humanos mais casca grossa que esse planeta já conheceu, ela está constantemente se superando, dia após dia, independentemente de qualquer circunstância.

Em 2003, quando tinha apenas 13 anos de idade, a surfista perdeu o braço esquerdo em um ataque de tubarão. Mesmo diante do trágico acidente, ela não só venceu as limitações físicas e voltou a surfar, como seguiu sendo um dos grandes nomes feminino do surf de alto nível.

Quem pensa que a maternidade fez a mamãe entrar num estágio mais ‘light’ no esporte está enganado. Surfista de alma, Bethany seguiu deslizando sob as ondas, mesmo em estágio avançado da primeira gravidez e, logo nos primeiros meses de vida do bebê, ela já marcava presença no outside havaiano enquanto o pai ficava com o Tobias na areia.

Seis meses depois do primeiro filho, ela encarou uma ondulação gigante em Jaws, e sua performance na temporada, foi finalista do XXL Awards de 2017. Sinistra, né?

Atualmente, ela tem três filhos (o seu terceiro filho, Micah, nasceu em março do ano passado) e segue firme e forte inspirando e encorajando mais pessoas no no surf.

Alana Blanchard

A musa do surf e ex atleta do CT, Alana Blanchard, é defensora de um estilo de vida mais saudável em um canal no youtube, juntamente com seu marido, o também ex surfista da elite Jack Freestone. Por lá, eles compartilham detalhes da rotina, como surf, treinos, reflexões e alimentação vegana.

A surfista era patrocinada pela Rip Curl há muito tempo. No entanto, segundo ela, a marca não gostou de saber da sua gravidez e isso foi motivo para ela perder esse importante patrocínio.

“As coisas acabaram bem, mas senti que deixaram de usar a minha imagem desde que tive o Banks [seu primeiro filho] ou até desde que souberam que eu estava grávida. Eles na verdade não gostaram que eu tive um filho”, disse ela em um dos seus vídeos do youtube.

Infelizmente, independente do esporte praticado, esse tipo de situação é comum na vida de mulheres atletas que se tornam mães. No entanto, Alana seguiu em frente surfando muito e, com certeza, com um plus de alegria ao lado do amor dos dois filhos.

Alexandra Florence

mães-surfistas
Alexandra Florence, mãe do bicampeão mundial John John – Foto: Jeason Childs

Não é atrás de um grande homem que vem uma grande mulher. Na verdade, bem sabemos que é na frente e Alexandra Florence é mais uma grande prova disso.

Nascida em Nova Jersey, no norte dos Estados Unidos, ela se mudou para o Havaí com apenas 16 anos. Ainda jovem, conheceu John L. Florence, em uma de suas muitas viagens com mochila nas costas.

Pouco tempo depois, eles tiveram John John Florence e a família cresceu ainda mais com dois outros filhos: Nathan e Ivan Florence.

No entanto, o casamento chegou ao fim e, ela acabou sozinha com três filhos diante dos desafios financeiros. Ainda sim, foi ela a responsável por ensinar seus filhos a surfar e andar de skate, enquanto dividia sua jornada em turnos matutinos de trabalho e noites de estudo.

“Eu tinha uns oito anos de idade e achava as ondas enormes, então acabava tendo medo de entrar na água”, contou John John Florence em entrevista ao The Players Tribune. “A minha mãe não me pressionava e nem nada, mas olhava para mim, dava de ombros e dizia: ‘Bom, eu tô indo’, e é claro que eu a seguia”, finalizou.

Como sabemos, hoje, todos são motivos de muito orgulho, mas vale lembrar que a situação retrata a injustiça contra uma mulher que teve de enfrentar as dificuldades de ser mãe sola.

Agora dá para entender porque o bicampeão mundial John John Florence responde sem hesitar que a sua mãe é a pessoa que mais o inspira.

 

 

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