Os plásticos nos oceanos vão quadruplicar até 2040, segundo comunicado do GEOTA – Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente, que alertou os governos e as empresas para o perigo caso nada seja feito.
De acordo com o Geota, é necessário “mudar os hábitos de consumo e novas políticas que alterem a economia do plástico”.
Confira também:
+ Lixo plástico dos deliveries domina oceanos
+ Microplásticos, os principais responsáveis pela poluição dos oceanos
+ Como salvar animais marinhos dos plásticos nos oceanos?
A organização não-governamental lamenta que os “atuais compromissos dos governos e da indústria apenas reduzirão a quantidade de plástico despejado no oceano em 7%, até 2040”.
“O plástico que permanece no oceano, durante centenas de anos, não é biodegradável e a quantidade acumulada, com as atuais políticas, poderá atingir as 600 milhões de toneladas até 2040, sendo o peso equivalente a mais de 3 milhões de baleias azuis”, de acordo com a mesma nota.
O presidente do Geota, João Dias Coelho, pede “políticas sistêmicas e não ações pontuais” no combate pela redução dos plásticos nos oceanos, uma vez que se prevê que “o plástico despejado nos oceanos deverá quase triplicar e a quantidade de plástico nos oceanos, poderá vir mesmo a quadruplicar até 2024”.
No comunicado, a ONG insiste que a utilização de plástico reciclado não resolve o problema se não existir um “processo de recolha, sistema de reciclagem e mercado para o material ser reutilizado; não existe qualquer impacto significativo no combate à poluição”.
Segundo o relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), Breaking the Plastic Wave, citado pelo Geota, atualmente, 11 milhões de toneladas de plástico são despejados nos oceanos todos os anos, sendo o equivalente a um caminhão de lixo a cada minuto.