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Pedro Scooby desmonta estereótipo do surfista maconheiro e defende legalização

O surfista Pedro Scooby participou do “OtaLab”, programa do Otaviano Costa no canal UOL, e a maconha foi pauta entre os assuntos tratados.

Em algum momento da conversa, Otaviano diz que ainda vê preconceito com atletas desse esporte e completa: “Até parece que surfista é um bando de maconheiro sentado na praia. Esquecem que tem um business enorme por trás disso.”

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Scooby replica defendendo uso da maconha. “Na verdade, maconheiro tem em tudo que é lugar. Hoje, nos EUA, maconha é liberada [em vários estados], mas se te pegam com bebida no carro, vai preso na hora. É uma causa medicinal, tem muita coisa por trás disso, então eu gosto de falar desse assunto”, acrescenta Pedro Scooby.

O surfista e big rider fala também que no Brasil, as pessoas associam maconha ao tráfico e que portanto é preciso ainda um processo de liberação e de mostrar o lado medicinal, “que eu acho muito importante”, completou.

Na sequência, ele ri a respeito do estereótipo “surfista maconheiro”. E explica o seguinte:

“A praia era um lugar onde a galera ia pra fumar, não só surfistas. Porque é um lugar tranquilo, aberto e dava pra ver a policia de longe”, contou. Isso foi atrelado ao surfista, mas o engraçado é que, hoje, é difícil você achar um cara do circuito que fume maconha. São atletas de verdade. Eu tenho compromisso com minha vida de atleta.”

Na conversa o surfista foi provocado a falar sobre o episódio do filé salpicado com ouro que alguns jogadores da seleção comeram num restaurante do Qatar na última semana – que assim foram acusados de ostentação e insensibilidade social.

O surfista rebateu a discussão ao dizer que ações positivas de figuras públicas, como nesse caso, com os atletas da Seleção, nunca ganham os holofotes.

“Muitos deles têm projetos sociais, ajudam muita gente. E não esquecem da família”, contou. “Mãe, tia, avô, eles carregam uma trupe inteira junto, arrumam trabalho pros amigos.”

Depois o surfista cita a experiência pessoal com Neymar e reforça a cultura em que vivemos, chamando-a de cultura do cancelamento.

“Vejo que ele emprega muita gente, no escritório, no instituto, ele se preocupa com as famílias das crianças que atende”, disse. É isso que deveria ser mostrado, e não que ele saiu p* do jogo, ou que ficou com raiva de um torcedor. Todo mundo tem um dia ruim. Todo mundo erra, todo mundo é ser humano. Vamos parar de julgar. O problema maior, segundo ele, é a cultura de cancelamento. A galera só fica feliz quando destrói a vida de um ser humano. Tira o emprego, a carreira, os patrocinadores, aí fala: ‘agora a gente viu um ídolo ser destruído, agora estamos felizes’. É assim hoje em dia.”

Clique aqui e assista ao programa.

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