Três surfistas – um pai, seu amigo e seu filho de catorze anos – foram atacados a tiros durante uma sessão de surf perto da cidade de Taharoa, na Nova Zelândia. A polícia ainda não tem um suspeito do atentado, mas acredita que o crime tenha sido motivado por localismo, um problema tradicional nas ondas do país. Nenhum dos três foi ferido, mas o caso foi reportado às autoridades. As informações são do jornal New Zeland Herald.
Segundo a polícia, os tiros foram disparados quando o trio surfava em uma onda apontada por locais como “apenas para convidados”.
“Os tiros surgiram repentinamente, com uma das balas passando a cerca de dois metros do garoto de 14 anos. Naturalmente, eles ficaram aterrorizados e deixaram o local”, relatou a polícia em um comunicado.
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O atentado aconteceu na última quinta-feira, 16, na parte da manhã. Os três haviam usado um jet ski para chegar a Albatross Point, um point break para a esquerda de difícil acesso.
Segundo o sargento da polícia local, Andy Connors, três tiros foram disparados. Em um primeiro momento, os surfistas acreditaram que alguém estava caçando fora da água. O segundo tiro pareceu ir na direção do trio, e o terceiro atingiu a água, muito próximo do mais novo dos três.
Os três disseram ter visto dois homens fora da água. Eles estavam gritando violentamente, ordenando que os surfistas deixassem o pico imediatamente.
Localismo pesado não é novidade na Nova Zelândia
Diferente de Raglan, pico conhecido internacionalmente, as ondas de Taharoa permanecem praticamente inexploradas. O único acesso por terra ao pico onde os três surfavam é por uma propriedade particular que recebe apenas convidados.
O forte localismo não é nenhuma novidade na Noza Zelândia. A onda de Raglan é palco frequente de agressões de locais a surfistas que provocam acidentes ou desrespeitam regras informais do pico.
Caso os tiros em Taharoa tenham realmente sido disparados por locais, pode-se dizer que saíram pela culatra: por causa deles, seu pico intocado agora está em manchetes em todo o mundo do surf.
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Texto: Redação HC
Imagens: Reprodução/New Zeland Herald