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NASA faz testes para voltar à Lua e confina 6 pesquisadores no fundo do oceano

Dois astronautas, dois pesquisadores e dois técnicos passaram alguns dias morando em cápsula que imita a atmosfera da Lua no fundo do oceano para testes de resistência

Por Redação HC

Os próximos dois anos serão de grande importância para os estudos da NASA que planeja realizar uma nova missão de expedição à Lua que terá o intuito de estabelecer bases no principal satélite natural da Terra. A agência espacial norte-americana está realizando testes para entender o funcionamento do corpo-humano em um ambiente tão hostil, e para isso colocou à prova sua equipe de astronautas e pesquisadores para viver por dias em uma cápsula submersa no fundo do oceano.

Csilla Ari D’Agostino foi um dos destaques da missão da NASA por manter o auto-controle em um ambiente hostil (Foto: Csilla Ari D’Agostino)

O programa batizado de NEEMO 23 (Operação Extrema da Missão Ambiental da NASA) foi realizado na Base Aquarius Reef que fica 30 metros abaixo da superfície do Oceano Atlântico, no Santuário Marinho Nacional de Florida Keys, nos EUA. A estação submarina é a única de sua classe que replica as condições das missões espaciais, inclusive a gravidade zero.

Pesquisadores do programa NEEMO 23 (Foto: Csilla Ari D’Agostino)

A pesquisadora Csilla Ari D’Agostino, professora de psicologia da Universidade do Sul da Flórida, descreveu a seriedade da missão e os desafios que toda a tripulação enfrentou durante o tempo em que permaneceram submersos: Meu objetivo na equipe foi entender as mudanças psicológicas nos membros da tripulação. “durante nove dias, nós ficamos isolados do resto do mundo, em um espaço confinado, enquanto tomamos decisões sensíveis. Constantemente enfrentamos dificuldades técnicas e uma grande carga de trabalho. Também experimentamos exaustão física que pode ter afetado nosso desempenho. Assim como as missões espaciais, não havia oportunidade de retornar à superfície, e nossos erros ou falhas nos equipamentos poderiam ter sido fatais.”, ressaltou a pesquisadora em postagem no fórum The Convesation.

Csilla também ressalta que o momento mais perigoso da missão ocorreu nas últimas 17 horas. O grupo realizou um processo de descompressão para remover o excesso de nitrogênio do corpo enquanto estavam sob alta pressão e em condições adversas. Os dados dos testes da missão NEEMO 23 estão em análise e o objetivo é observar o crescimento do desempenho da equipe nos quesitos de segurança e auto-controle para a futura expedição à Lua.

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