A evolução do peixe-gelo é uma das mais estudadas pelos cientistas atualmente. Pesquisas apontam que o sangue do animal pode ser cura para osteoporose
Por Redação HC
Com os avanços científicos ao longo dos anos, o sangue transparente do peixe-gelo-preto está sendo fortemente associado à cura de doenças como a osteoporose.
Cientistas da Universidade Northeastern e da Universidade de Oregon, ambas nos Estados Unidos, definiram o animal como “uma das maiores mutações evolucionárias dos últimos tempos”, devido à capacidade de adaptação e instinto de sobrevivência do animal.
Veja também: Mergulhador escapa vivo após ser engolido por baleia
Seu primeiro exemplar foi capturado no século 20, na Antártida. O fato que mais impressionou os pesquisadores na época foi que o animal não possuía escamas, apresentava ossos finos e o estranho sangue transparente.
Desde o primeiro encontro com a espécime, o maior questionamento feito por pesquisadores foi como um animal se adaptou de maneira tão exímia em um ambiente tão frio.
Com o passar dos anos, cientistas compararam o genoma da curiosa criatura com a de outros animais de parentesco próximo. A descoberta foi de que esse peixe já passou por um processo de evolução de dezenas de milhares de anos.
Para o cientistas marinho da Universidade de Northeastern, as peculiaridades do peixe-gelo são essenciais para entender os futuros avanços da espécie humana. “Podemos aprender muito sobre fisiologia humana e medicina estudando esses desvios evolutivos. “Um traço que não é adaptativo em um ambiente pode ser adaptável em outro”.
As principais mutações do animal foram a ausência de glóbulos vermelhos ou hemoglobina – responsável por transportar oxigênio pelo corpo – perda de escamas para maior absorção de oxigênio em águas frias e um coração até quatro vezes maior do que seres vivos produtores de hemoglobina. Todas essas características fizeram com que o peixe conseguisse sobreviver a ambientes hostis.
Confira abaixo um vídeo divulgado pela AFPTV sobre algumas características do peixe: