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MEO Pro Portugal: Tatiana, Italo e Filipe vão para as semifinais

O Brasil chega firme na disputa das semifinais do MEO Pro Portugal. Neste domingo (6), Tatiana Weston-Webb, Italo Ferreira e Filipe Toledo garantiram suas vagas e disputam o último dia da etapa no mar de Supertubos amanhã.

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Tatiana Weston-Webb vai enfrentar a pentacampeã mundial Carissa Moore e Italo Ferreira e Filipe Toledo reeditando a decisão de 2015 em Peniche, na disputa pela primeira vaga na final deste ano. Filipe ganhou aquele título, mas Italo é o atual bicampeão da etapa portuguesa do World Surf League Championship Tour. A chamada do último dia será mais cedo, com as semifinais começando as 7h00 da segunda-feira (7) em Peniche, 4h00 da madrugada no Brasil, com transmissão ao vivo pelo Sportv e WorldSurfLeague.com.

No domingo de praia lotada, Supertubos mostrou seu potencial por completo, apresentando todas as características para o sucesso de um campeonato de surfe. O dia começou com tubos incríveis nas esquerdas e direitas, depois o mar começou a formar rampas para os aéreos, intercalando com ondas de alta performance para usar a borda em todo tipo de manobras. Era ação o tempo todo, pois foi utilizado o sistema “overlapping heats” na terceira fase e nas oitavas de final masculinas, com duas baterias sendo disputadas simultaneamente.

Kelly Slater ganhou por 14,57 a 13,37 o duelo dos top-5 do ranking com Caio Ibelli. Com a vitória, Slater saltou para a vice-liderança e o brasileiro caiu da quarta para a quinta posição que ele ocupava.

Com o formato “overlapping heats” em funcionamento, os dois chegaram a dividir o mar com Italo Ferreira e Miguel Pupo, que se enfrentaram na primeira bateria das oitavas de final. O campeão olímpico estava elétrico como sempre, foi em várias ondas, pegou tubos, arriscou os aéreos e seguiu na busca pelo tricampeonato consecutivo no CT de Portugal. Miguel até reagiu nas últimas ondas que surfou, mas Italo venceu o duelo brasileiro por 14,17 a 12,84 pontos.

Filipe Toledo também deu seu show para a torcida que lotou Supertubos no domingo, mandando um aéreo depois de sair do tubo, para ganhar nota 8,00. Logo ele voou de novo para receber 7,33 e não dar qualquer chance para o norte-americano Jake Marshall.

Os brasileiros também dominaram seus adversários nas quartas de final. Italo Ferreira voltou a derrotar Jordy Smith, como quando conquistou o bicampeonato no CT de Portugal em Supertubos. Não com uma nota 10 como naquela final de 2019, mas surfando um bom tubo seguido por duas manobras na onda que valeu 7,67. Depois, conseguiu um 7,00 para despachar o sul-africano por 14,67 a 11,33 pontos. É a terceira vez seguida que o potiguar chega nas semifinais em Supertubos, vencendo 79,3% ou 23 das 29 baterias que disputou.

Na bateria seguinte, Filipe Toledo não deu qualquer chance para o californiano Conner Coffin e confirmou a semifinal brasileira com Italo Ferreira, por uma larga vantagem de 14,00 a apenas 5,00 pontos. Foi a garantia da volta do Brasil ao pódio do World Surf League Championship Tour, já que nas duas etapas do Havaí não teve ninguém decidindo títulos. Apesar de que Caio Ibelli fez bonito substituindo o tricampeão mundial Gabriel Medina, chegando nas semifinais em Sunset Beach e em Pipeline, onde dividiu o terceiro lugar com Miguel Pupo.

Filipe não chegava nas semifinais em Supertubos desde a sua vitória em 2015, com uma nota 10 no verdadeiro espetáculo de aéreos na final com o Italo. Se ele conseguir repetir o feito contra o atual bicampeão da etapa portuguesa do CT e se classificar para a decisão do MEO Pro Portugal apresentado pela Rip Curl, sobe para o quarto lugar no ranking e tira Caio Ibelli do G-5. Já Italo, só consegue isso se conquistar o tricampeonato em Peniche.

Semifinais do MEO Pro Portugal

A primeira semifinal é brasileira e a outra será norte-americana, entre o havaiano bicampeão mundial, John John Florence, e o californiano Griffin Colapinto. John John já ganhou esta etapa em 2016, impedindo uma hegemonia brasileira em Supertubos, pois Filipe Toledo tinha vencido em 2015, depois deu Gabriel Medina em 2017 e Italo Ferreira foi bicampeão em 2018 e 2019. Mas, a primeira vitória verde-amarela aconteceu em 2011, com Adriano de Souza ganhando uma final épica com Kelly Slater.

Esta decisão Brasil x Estados Unidos só será repetida agora no MEO Pro Portugal apresentado pela Rip Curl. John John vem se destacando nos tubos de Supertubos desde o primeiro dia. Ele estreou fazendo os recordes do campeonato, nota 9,07 e 17,57 pontos. No domingo, ele surfou outro tubaço que valeu 9,13, mas Jordy Smith fez um que recebeu 9,17. Só que todos os recordes foram batidos por Griffin Colapinto, na bateria que fechou o domingo.

Ele conseguiu a primeira nota máxima do CT 2022, em um aéreo full rotation fantástico de backside, muito alto e com grande amplitude. A nota 10 unânime dos cinco juízes, saiu no duelo norte-americano com Kolohe Andino pelas quartas de final e superou a nota 9,87 do tubaço do brasileiro João Chianca em Pipeline, que era o recorde do ano. Griffin também fez o maior placar do MEO Pro Portugal, 17,83 pontos, mas esse recorde do CT 2022 permanece sendo os 18,77 pontos de Kelly Slater na grande final do Billabong Pro Pipeline no Havaí.

Baterias femininas

Na categoria feminina, a decisão do último título mundial será reeditada nas semifinais em Supertubos, com a vice-campeã Tatiana Weston-Webb enfrentando a pentacampeã Carissa Moore na disputa pela segunda vaga na final do MEO Pro Portugal apresentado pela Rip Curl. A brasileira perdeu a melhor de três baterias do Rip Curl WSL Finals de 2021 para a havaiana em Trestles e as duas também chegaram nas semifinais da última etapa em Peniche em 2019.

Ambas terminaram em terceiro lugar, com Carissa perdendo para Lakey Peterson e Tatiana para a campeã do evento, Caroline Marks. As duas vem sendo as melhores surfistas nas ondas de Supertubos esse ano. Tatiana tinha feito os recordes femininos nas oitavas de final disputadas no sábado, nota 7,83 e 14,83 pontos. No domingo, Carissa aumentou essas marcas para 8,50 e 16,17, mas a brasileira voltou a ganhar a maior nota, 8,83, numa esquerda destruída por um batidão vertical, uma rasgada e uma finalização explosiva na junção. Essa onda garantiu a vitória sobre a australiana India Robinson na última quarta de final.

No Havaí, as estreantes na elite se destacaram com grandes performances e muita atitude nas ondas épicas de Pipeline e de Sunset Beach. Mas, em Portugal as surfistas mais experientes retomaram o protagonismo em Supertubos. A própria Tatiana vingou a derrota sofrida para a novata Luana Silva e também passou por India Robinson, saltando da 14.a para a oitava posição no ranking no momento. Carissa Moore pode assumir a liderança se chegar na final e a outra semifinal será entre a heptacampeã mundial Stephanie Gilmore e Lakey Peterson.

SEMIFINAIS DO MEO PRO PORTUGAL:

CATEGORIA MASCULINA – 3.o lugar com US$ 25.000 e 6.085 pontos:
1.a: Italo Ferreira (BRA) x Filipe Toledo (BRA)
2.a: John John Florence (HAV) x Griffin Colapinto (EUA)

CATEGORIA FEMININA – 3.o lugar com US$ 25.000 e 6.085 pontos:
1.a: Stephanie Gilmore (AUS) x Lakey Peterson (EUA)
2.a: Carissa Moore (HAV) x Tatiana Weston-Webb (BRA)

RESULTADOS DO MEO PRO PORTUGAL NO DOMINGO:

QUARTAS DE FINAL – 5.o lugar com US$ 16.000 e 4.745 pontos:
1.a: Stephanie Gilmore (AUS) 12,50 x 11,76 Johanne Defay (FRA)
2.a: Lakey Peterson (EUA) 12,84 x 10,33 Courtney Conlogue (EUA)
3.a: Carissa Moore (HAV) 16,17 x 9,00 Tyler Wright (AUS)
4.a: Tatiana Weston-Webb (BRA) 14,66 x 9,73 India Robinson (AUS)

QUARTAS DE FINAL – 5.o lugar com US$ 16.000 e 4.745 pontos:
1.a: Italo Ferreira (BRA) 14,67 x 11,33 Jordy Smith (AFR)
2.a: Filipe Toledo (BRA) 14,00 x 5,00 Conner Coffin (EUA)
3.a: John John Florence (HAV) 12,93 x 10,37 Kanoa Igarashi (JPN)
4.a: Griffin Colapinto (EUA) 17,83 x 10,34 Kolohe Andino (EUA)

OITAVAS DE FINAL – 9.o lugar com US$ 13.000 e 2.610 pontos:
1.a: Italo Ferreira (BRA) 14,17 x 12,84 Miguel Pupo (BRA)
2.a: Jordy Smith (AFR) 17,34 x 12,33 Connor O´Leary (AUS)
3.a: Filipe Toledo (BRA) 15,33 x 8,10 Jake Marshall (EUA)
4.a: Conner Coffin (EUA) 13,50 x 10,50 Callum Robson (AUS)
5.a: Kanoa Igarashi (JPN) 15,17 x 13,56 Frederico Morais (PRT)
6.a: John John Florence (HAV) 15,30 x 6,93 Nat Young (EUA)
7.a: Kolohe Andino (EUA) 14,33 x 7,60 Jackson Baker (AUS)
8.a: Griffin Colapinto (EUA) 13,57 x 7,86 Kelly Slater (EUA)

TERCEIRA FASE – 17.o lugar com US$ 10.000 e 1.330 pontos:
——-baterias que abriram o domingo:
10: Frederico Morais (PRT) 11,67 x 10,73 Ezekiel Lau (HAV)
11: Nat Young (EUA) 15,60 x 12,00 Ethan Ewing (AUS)
12: John John Florence (HAV) 14,43 x 8,50 Ryan Callinan (AUS)
13: Jackson Baker (AUS) 15,43 x 13,27 Seth Moniz (HAV)
14: Kolohe Andino (EUA) 15,77 x 9,83 Lucca Mesinas (PER)
15: Griffin Colapinto (EUA) 14,33 x 8,77 Jadson André (BRA)
16: Kelly Slater (EUA) 14,57 x 13,37 Caio Ibelli (BRA)
——- baterias que fecharam o sábado:
1.a: Italo Ferreira (BRA) 11,83 x 8,03 Imaikalani Devault (HAV)
2.a: Miguel Pupo (BRA) 11,87 x 10,90 Samuel Pupo (BRA)
3.a: Jordy Smith (AFR) 10,20 x 9,36 Barron Mamiya (HAV)
4.a: Connor O´Leary (AUS) 12,57 x 12,50 Morgan Cibilic (AUS)
5.a: Filipe Toledo (BRA) 15,44 x 9,40 Owen Wright (AUS)
6.a: Jake Marshall (EUA) 12,93 x 9,00 Leonardo Fioravanti (ITA)
7.a: Conner Coffin (EUA) 13,17 x 12,50 João Chianca (BRA)
8.a: Callum Robson (AUS) 11,93 x 11,34 Jack Robinson (AUS)
9.a: Kanoa Igarashi (JPN) 12,17 x 9,53 Justin Becret (FRA)

Por João Carvalho

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