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Maioria brasileira na elite aumenta nossas chances de título mundial em 2025?

Com o encerramento do Saquarema Pro e uma histórica atuação dos surfistas brasileiros no Challenger Series, o Brasil terá 11 representantes homens na elite do Championship Tour (CT) de 2025. Pela primeira vez, o país ocupará 32% das vagas na divisão masculina, liderando significativamente o número de competidores entre as nações participantes. Mas será que essa força numérica se traduzirá em maiores chances de título mundial?

A “Brazilian Storm” terá nomes de peso na disputa, como os campeões mundiais Gabriel Medina, Filipe Toledo e Italo Ferreira, Yago Dora e João Chianca, via CT e wildcard, além de talentos promissores e veteranos em ascensão: Samuel Pupo, Ian Gouveia, Alejo Muniz, Deivid Silva, Miguel Pupo e o estreante Edgard Groggia, via Challenger Series. Essa combinação de experiência e juventude, sem dúvida, reforça o poder do Brasil no cenário internacional. Por outro lado, no feminino, a única representante será Tatiana Weston-Webb, já que Luana Silva e Sophia Medina não garantiram vaga em Saquarema.

Ainda assim, a campanha brasileira no Challenger Series de 2024 foi um marco, com seis dos dez classificados para o CT vindo do Brasil. Além disso, pela primeira vez, um brasileiro terminou o circuito de acesso no topo do ranking com Samuel Pupo. E  tivemos Ian Gouveia, como vice-campeão, seguido por Alejo Muniz, Deivid Silva, Miguel Pupo e Edgard Groggia.

As Chances do título em 2025

Filipe Toledo Laureus World Sports Awards
Último brasileiro a conquistar um título mundial, Filipe Toledo volta ao CT em 2025. Foto: Pat Nolan/World Surf League

Com 11 etapas no calendário e a volta de importantes picos, como Snapper Rocks, Jeffreys Bay e Cloudbreak, os brasileiros enfrentarão um desafio diverso. A manutenção de Saquarema no calendário é uma boa notícia para nossa torcida, ainda que a etapa no Rio aconteça após o corte de meio de temporada.

De volta ao Tour após uma pausa de um ano, o bicampeão mundial Filipe Toledo já declarou que competirá com força total em 2025 e seu surf se encaixa perfeitamente à maioria das ondas no calendário do CT ano que vem, porém, seu desempenho nas olimpíadas deste ano deixa dúvidas sobre suas chances em picos como Pipeline, Teahupo’o e, principalmente, Cloudbreak, onde será realizado o WSL Finals desse ano.

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Gabriel Medina, por outro lado, cresce nesse tipo de onda, mas a questão é como os árbitros da WSL irão julgar suas ondas, já que esse ano não faltou polêmica envolvendo as notas dadas ao brasileiro.

Gabriel Medina eliminado Fiji Pro
Estão os árbitros da WSL preparados para julgar Gabriel Medina em 2025? Foto: Ed Sloane/World Surf League

Italo Ferreira encerrou 2024 em alta, mas precisará manter a regularidade. Yago Dora, sempre talentoso, precisa mostrar maior consistência competitiva. João Chianca volta ano que vem, mas ainda é, de certa forma, uma incógnita. Nas olimpíadas ele surfou bem, fazendo uma bateria de alto nível contra Gabriel Medina, no entanto, quem conhece seu potencial, ficou com a impressão de que o surfista ainda não recuperou seu 100% desde o grave acidente em Pipeline.

Entre os classificados do Challenger, Edgard Groggia enfrentará o maior desafio, pois nunca competiu na elite. Já Samuel Pupo, Ian Gouveia, Alejo Muniz e Miguel Pupo são nomes conhecidos e já mostraram que podem se destacar em picos de consequência. Deivid Silva retorna com seu poderoso backside, mas precisará mostrar mais atitude em ondas maiores e mais pesadas.

Edgard Groggia está entre as novidades brasileiras no CT. Foto: @WSL / Daniel Smorigo

E quanto aos gringos? Todos os olhos no extraordinário (e muito bem julgado) John John Florence, bem como em Jack Robinson, Griffin Colapinto e Ethan Ewing, as maiores pedras no sapato dos brasileiros. Todos igualmente famintos por um título mundial.

Embora o Brasil tenha um time forte e numeroso no CT de 2025, a conquista do título mundial dependerá de mais do que apenas quantidade. A performance em ondas críticas como Cloudbreak, a regularidade competitiva e a capacidade de lidar com o julgamento controverso da WSL serão decisivos.

Com três campeões mundiais no Tour e maioria entre os concorrentes, o Brasil naturalmente estará entre os favoritos ao título. Contudo, é bom lembrar que os brasileiros precisarão não só dominar as ondas, mas também superar as dificuldades internas e externas que surgirem ao longo da temporada. O caminho para o título mundial está aberto, mas o sucesso exigirá foco, consistência, uma dose de sorte nos momentos decisivos e, claro, seriedade dos juízes.

CALENDÁRIO DO WSL CHAMPIONSHIP TOUR 2025:

1.a etapa: Jan 27-08 Fev – Banzai Pipeline, Havaí, Estados Unidos
2.a: Fev 14-16 – Surf Abu Dhabi, Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos
3.a: Mar 15-25 – Supertubos, Peniche, Portugal
4.a: Abr 02-12 – Punta Roca, La Libertad, El Salvador
5.a: Abr 18-28 – Bells Beach, Victoria, Austrália
6.a: Mai 03-13 – Snapper Rocks, Queensland, Austrália
7.a:  Mai 17-27 – Margaret River, Western Australia, Austrália
——–corte da elite do meio da temporada
8.a: Jun 09-17 – Lower Trestles, San Clemente, Califórnia, Estados Unidos
9.a: Jun 21-29 – Vivo Rio Pro apresentado por Corona em Saquarema, Brasil
10.a: Jul 11-20 – Jeffreys Bay, Eastern Cape, África do Sul
11.a: Ago 07-16 – Teahupo´o, Tahiti, Polinésia Francesa
——–definição dos top-5 e das top-5 para o WSL Finals
12.a: Ago 27-04 Set – WSL Finals em Cloudbreak, Fiji

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