A chegada de um ciclone extratropical, batizado de “ciclone bomba”, causou mudanças climáticas nas regiões Sul e Sudeste do Brasil na semana passada e junto trouxe verdadeiras bombas para as cidades litorâneas.
Na quinta-feira (2/7), a laje do Sorriso, em Camburi, São Sebastião, viu quebrar séries de até 10 pés de onda, segundo relatou o surfista profissional local, Renan Peres, no que ele diz ter sido um dia histórico de ondas no pico.
Na água, Renan Peres, Robson Santos, Wellington Reis, Pedro Dib, Guilherme Bertuzzo e Wellington Simões, que também ficou na retaguarda de jet ski.
“A gente viu a previsão e já acordamos na expectativa de surfar o Sorriso, mas de manhã não rolou. Caímos na Praia Preta e quando a gente voltou, por volta de 14h, o mar estava gigante, aliás, vi quebrar o maior Camburizinho que eu já vi na vida,” conta Renan.
A tendência era que o mar melhorasse à medida que secasse a maré. Não deu outra: os surfistas esperaram a hora boa da maré para uma sessão que segundo Renan foi o melhor Sorriso que ele já pegou. Ele conta que as ondas quebravam na casa dos 10 pés.
“Parecia que a gente surfava fora do Brasil,” diz Pedro Dib
Pedro Dib conta que eles precisaram entrar pela costeira, porque a praia de Camburizinho estava fora de controle de tão grande.
“Quando a gente chegou no fundo e viu o tamanho da primeira série, deu um frio na barriga fora do normal, parecia que a gente estava surfando fora do Brasil. Logo chegou o jet ski de apoio do Wellington e quando a gente chegou no fundo, vimos realmente o tamanho do mar. Foi disparado maior mar no Sorriso que surfamos, levamos uma meia hora para se soltar e aos poucos fomos um puxando o nível do outro.”