23.2 C
Hale‘iwa
sábado, 20 abril, 2024
23.2 C
Hale‘iwa
sábado, 20 abril, 2024

Lapo Coutinho publica opinião polêmica a respeito do surf: rebeldes por natureza ou omissos?

Uma publicação feita no Instagram pelo bigrider Lapo Coutinho na manhã dessa segunda-feira (16) acendeu a discussão sobre a importância do posicionamento dos surfistas diante das injustiças do mundo do surf.

Veja também:

Lucas Fink sobre surfar Nazaré de skimboard: “Coisa de maluco”

O surfe em Portugal vai muito além de Nazaré

Como funcionam as quilhas em uma prancha de surf?

“Há alguns anos já estou me saturando do surf… não das ondas, ou da sensação de estar na água, ou das trips… mas de tudo que se move ao redor, a mídia, os eventos, o ego… o resultado desse gigantes de Nazaré me fez ter vontade de juntar tudo e expressar minha opinião”, escreve o surfista.

O desabafo, que veio em forma de post no feed do atleta, é polêmico e já recebeu muitos comentários de também surfistas que concordam com Lapo.

O estopim para o post de Lapo Coutinho

O estopim foi o resultado do desafio de tow-in surf, Gigantes de Nazaré. Segundo Lapo, falta critério e comprometimento seja na WSL (World Surf League), em eventos locais ou até mesmo em campeonatos na internet.

Além disso, para ele, o surfista Luciano Costa, o Dubiba, merecia o “Oscar” das ondas grandes em 2021 pela impressionante bomba que pegou no lendário pico do Banco de Santo Antônio, no BSA Bahia.

“O critério vira sempre o que mais convém com os organizadores. Algumas vezes a onda mais buraco, algumas a maior, ninguém sabe, ninguém diz e ninguém mais confia nessas instituições que estão lá em cima e que na real mesmo, não deve ter ninguém que seja 100% surf e que decida as coisas”, relata Lapo.

Omissão?

O mercado tem se transformado muito nos últimos tempos, ainda mais no Brasil, e os atletas não são os únicos responsáveis pela omissão diante das pautas polêmicas do surf. A questão é complexa e o problema é estrutural, de modo que há fatores que desencorajam os atletas a se posicionarem. É o que Lapo afirma ser o “boom do surf” que beneficia instituições gigantes, enquanto poucos atletas tem patrocínio e todos são reféns.

“Ninguém fala nada. Se você recebe o seu, aparece na tv, continua fazendo pra não perder o jabá. E se submete a situações no mínimo ridículas sem nem questionar, tipo esse novo brazilian storm, ou simplesmente aparecer nas coisas sem ganhar nada, divulgando prêmios ja decididos e mídias, sem receber nada em troca, nem ao menos a sinceridade ou o compromisso com nosso esporte. Como eu também fiz cegamente durante toda minha carreira”.

Rebeldes por natureza?

Mas para Lapo, não é só esse fator que desmotiva os surfistas a se posicionarem. Além disso, existe o medo de represálias, algo que acontece de forma cultural no esporte. “O surf é acostumado a exilar os “rebeldes”, os que falam algo, os que são contra o status quo. Esses aos poucos viram invisíveis, e simplesmente não fazem mais parte do assunto. Contrariando um dos primeiros princípios do surf: somos rebeldes por natureza”, escreve.

É por conta disso que Lapo Coutinho afirma estar se afastando cada vez mais das mídias e do universo do surf e pede a todos que não levem o desabafo para o lado pessoal.

Confira o post completo:

 

Receba nossas Notícias no seu Email

Últimas Notícias