Kelly Slater está escalado para o Vissla Sidney Surf Pro, etapa de 6 mil pontos do QS que acontece na Austrália no final de março
Por Redação HC
O onze vezes campeão mundial Kelly Slater confirmou presença no Vissla Sidney Surf Pro, etapa de 6 mil pontos do Qualifying Series que acontece no leste da Austrália em março, entre os dias 18 e 24 de março. A notícia é inusitada pois enquanto Slater carrega a fama de vir escolhendo cuidadosamente, nos últimos anos, participar apenas de eventos em condições boas ou clássicas, o QS de Manly Beach é conhecido por ser disputado, quase anualmente, em condições muito ruins — vide sua última edição, em 2018, vencida por Deivid Silva em final contra Alejo Muniz num mar de ondas impossíveis de serem medidas em pés (o mais correto seriam polegadas).
Veja também: Tubos de areia e confrontos bizarros abrem o Oi Hang Loose Pro em Noronha
A confirmação mereceu inclusive uma nota no site da WSL, onde Slater explicou a decisão. “Sempre gostei das praias dessa região, tendo vivido parte do meu tempo em Avalon durante 15 anos”, diz. “Sinto falta e estou ansioso por voltar a esse velho território familiar. Também consigo fazer um aquecimento legal antes de voltar ao circuito permanentemente depois de um ano meio de hiato nas competições”, completou.
A razão é esta, pura e simples.
Só Deus sabe qual objetivo Kelly tem em mente para seu final de ano. Com certeza um deles é classificar-se para as Olimpíadas. Mas um último título mundial, não? Talvez? Podemos achar que, próximo dos 50 anos, ele não é mais uma ameaça, mas quantas vezes nas últimas décadas Kelly conquistou o incompartilhável prazer de calar seus críticos?
Em 2018, foi mal em J-Bay, mas chegou à final da (sua) piscina de ondas e fez a semi-final em Pipe.
Sabemos que se fartou de surfar em ondas perfeitas no ano passado. Então o que falta, realmente, é pegar aquele ritmo de competição em condições distantes do ideal, o que eventualmente vai aparecer em uma grande parte do circuito — Snapper, Brasil, França e Portugal são bons candidatos, mas também já vimos em Margaret, Uluwatu e até Pipe.