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ISA reconhece erro e aplica “gancho” a Erin Brooks

Após ser contestada pela Confederação de Surf do Caribe, a ISA se posicionou oficialmente quanto ao reconhecimento da nacionalidade da surfista Erin Brooks, que participou das etapas oficiais realizadas pela entidade, incluindo seletivas para os jogos olímpicos, representando o Canadá.

No entanto, a federação caribenha colocou em questão a nacionalidade de Erin, que nasceu no Texas (EUA) e reside no Havaí desde os 9 anos, ainda não estaria com sua nacionalidade regularizada pelo país.

Andrés Porras, presidente da Confederação de Surf do Caribe, pediu que os resultados de Erin Brooks sejam retirados, como a medalha de ouro no Mundial Júnior em El Salvador, o sétimo lugar no PASA Games e a medalha de prata no ISA Games em El Salvador.

Em comunicado oficial publicado na quarta-feira, 27 de junho, a ISA reconheceu que houve um erro administrativo no caso da atleta. Com isso, a elegibilidade de Erin Brooks está suspensa até que a federação canadense de surf consiga provar a cidadania da atleta com um documento verificado do governo do Canadá.

Leia o comunicado da ISA na íntegra:

A International Surfing Association (ISA) reconheceu que cometeu um erro ao permitir que a jovem talentosa Erin Brooks representasse a equipe canadense nos campeonatos mundiais da organização. A ISA “assume a responsabilidade pelo erro administrativo cometido” e pede desculpas à surfista e sua família pelas consequências dessa decisão.

Além disso, em um comunicado enviado à imprensa, a ISA afirma que a decisão de permitir a participação não foi consultada junto ao comitê executivo nem ao presidente, Fernando Aguerre.

A Comissão Executiva (EC) da ISA examinou hoje o caso da nacionalidade da atleta Erin Brooks.

Em março de 2022, a Surfing Canada e o Comitê Olímpico Canadense solicitaram que a Sra. Brooks fosse autorizada a competir pelo Canadá, pois sua solicitação de cidadania havia sido protocolada, mas não concluída.

Uma decisão foi tomada pela administração da ISA de conceder esse pedido, com base nas garantias recebidas do Comitê Olímpico Canadense e da Surfing Canada de que a cidadania estava em processo. A petição foi aprovada sem a devida consulta da Comissão Executiva (EC) da ISA e do presidente da ISA.

Após uma análise mais detalhada do caso nos últimos dias, a EC da ISA concluiu que essa decisão foi tomada incorretamente e não está de acordo com as regras da ISA aplicáveis. De acordo com as regras aplicáveis da ISA e a documentação disponível naquela época, o pedido do Comitê Olímpico Canadense e da Surfing Canada deveria ter sido rejeitado.

Além disso, agora veio ao conhecimento da EC da ISA que, de fato, a cidadania da Sra. Brooks ainda não foi estabelecida. Como resultado, a EC decidiu suspender imediatamente a elegibilidade da Sra. Brooks para competir pelo Canadá.

Enquanto isso, caso as autoridades esportivas canadenses possam fornecer provas de cidadania com um documento verificado pelo governo canadense, a EC da ISA reavaliará sua elegibilidade para o Canadá, de acordo com as regras aplicáveis da ISA.

A ISA assume a responsabilidade pelo erro administrativo cometido e gostaria de expressar seu profundo arrependimento e oferecer desculpas à Sra. Brooks e sua família pelo impacto que este caso possa ter em sua vida pessoal – com a esperança de que este caso de sua cidadania seja resolvido prontamente.

A EC da ISA tem buscado aconselhamento jurídico sobre esta questão e continuará a fazê-lo em relação aos próximos passos e consequências deste caso.”

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