Em Novembro de 2018, 175 baleias encalharam sem explicação na praia de Mason Bay. Quatro meses após a tragédia, local se tornou cemitério a céu aberto
Por Redação HC
O americano Aaron Cluka, morador de Auckland, Nova Zelândia, viajava por Stewart Island quando, ao chegar na praia de Mason Bay, se deparou com um triste cenário: centenas de corpos de baleias em diferentes estados de decomposição ao longo de toda orla.
Em novembro do ano passado, uma tragédia ocorreu em Mason Bay. 175 baleias-piloto encalharam na areia e não puderam ser salvas devido ao difícil acesso ao local e à falta de pessoas no momento.
Na ocasião, algumas baleias morreram naturalmente e outras foram sacrificadas devido a falta de recursos.
Aaron disse que já sabia do ocorrido, porém, não imaginou que os corpos ainda pudessem estar ali. “Foi uma experiência surreal. Você raramente vê corpos nesse nível de decomposição. O sentimento de perda é enorme”, disse ele, em entrevista ao jornal Sydney Morning Herald. “O grande número deles fez você sentir a enormidade do evento e gostaria que as pessoas estivessem por perto para ajudá-los no momento.”
Os locais da ilha neozelandesa determinaram que se instaurasse um Rahui nas areias de Mason Bay, tradição maori que consiste em uma espécie de ritual que determina que os animais mortos não podem ser tocados, além da proibição de mergulhos onde ocorreu a tragédia. A proposta foi aprovada pelo governo da Nova Zelândia e a área se tornou praticamente deserta.
Para Aaron, apesar do cenário triste, as tradições do povo local possuem um significado que muitos não compreendem.”Estando tão longe das pessoas e da civilização, acho que não podemos esconder essas tragédias na natureza. A vida e a morte acontecem e, embora a perda de tantos seres vivos seja uma tragédia, isso traz vida na forma de novos animais.”
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